E o povo? Povo? Povo que se dane! - Rede Gazeta de Comunicação
E o povo? Povo? Povo que se dane!

JARBAS OLIVEIRA

Membro da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas, da Academia Montes-clarense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

Meus amigos e caros leitores. Assistimos o filme de ação/ficção científica “Reminiscências”, lançamento 2021, onde o ator principal mantém um consultório de leitura intelectiva, utilizando-se de uma inventiva máquina, onde o paciente, vestido em roupa de banho e um dispositivo tipo diadema, deita-se em um tanque e após receber uma dose química, injetada na lateral do pescoço, aliada a uma voltagem energética na cabeça, entra em transe e, mediante perguntas do seu consultor, revela em áudio e imagens, as memórias ocorridas na sua trajetória de vida, que são gravadas numa plaqueta de vidro, como se fosse um pen-drive. Não é o meu estilo de filme, mas o título reportou-nos às discutidas memórias dos eleitores brasileiros, não que sejamos incapazes de memorizar alguma coisa, mas em se tratando de eleições, o caso parece sério.

Por exemplo: Se fizermos uma pesquisa nas ruas de Montes Claros, perguntando o nome do vice-prefeito, certamente poucos acertarão. Olha que estamos falando de um nome potencial para as próximas eleições municipais. Mas isso não ocorre somente em Montes Claros, acontece em todo o território brasileiro. Alguém sabe o nome do vice-governador de Minas Gerais? E o vice-prefeito de Belo Horizonte? Na escala federal, você se lembra em qual deputado ou senador você votou? Somos tão desligados em eleições que só votamos porque é obrigado. Outros que se julgam mais sabidos, preferem pagar as irrisórias multas, mas não perdem o feriado.

Pois é! É por essas e por outras que o político não está nem aí para o povo. Confiam plenamente no desconhecimento ou na perda de memória do eleitor e, por isso, fazem e acontecem, olhando para o próprio umbigo. Daí a expressão: E o povo? Povo? Povo que se dane! De certa forma, eles tinham razão! Não acostumávamos acompanhar o desempenho dos políticos que elegemos.

Senhores políticos, coloquem as suas barbas de molho! A coisa está mudando! É verdade! Das eleições de 2018 para cá, muita coisa já mudou. É o efeito “Mídias Sociais”. O horário político, no rádio e na televisão, se já não tinham tanta audiência, acabaram de perdê-la de vez. O fato de estarmos diuturnamente com um celular na mão, leva-nos, pelo menos, a ver e ler ou ouvir alguma coisa sobre a política, ainda que não integralmente. Lembrem-se: O presidente Jair Messias Bolsonaro foi eleito com o apoio das Mídias Sociais.

As plataformas sociais, no aspecto temporal, deixaram os telejornais para trás, as notícias estão sendo anunciadas ao vivo e compartilhadas segundo o interesse de cada um, enquanto as dos jornais noturnos já são fatos passados e de conhecimento de muitos, com capacidade, inclusive, para saber se o noticiário é verdadeiro ou tendencioso. O resultado é tão significativo que os interesses próprios já começaram a cercear o direito de expressão dos usuários.

Alô, conjecturados poderosos! O regime político brasileiro ainda é DEMOCRATICO! Portanto, é salutar que saibam, o povo está na rua! O povo vai para a rua! Não subestimem o poder do povo. O poder emana do povo! Está na Constituição Federal. Você acredita nisso? Eu acredito. Acorda Brasil!

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