Levantamento do Sebrae Minas revela expectativas e estratégias dos empreendedores para a Black Friday e o Natal
O final do ano é tradicionalmente um período aguardado com otimismo por diversos setores econômicos. Em Minas Gerais, três em cada 10 empreendedores sentem os impactos positivos da temporada, e 32% esperam aumentar o faturamento no período, como mostra a pesquisa Vendas de Fim de Ano nos Pequenos Negócios Mineiros, realizada pelo Sebrae Minas.
De acordo com o estudo, a expectativa de 16,5% dos entrevistados é por um aumento de até 20% no faturamento. Uma parcela menor (11,5%) acredita que terá um aumento entre 21% e 50%.
Além do aumento no faturamento, a temporada de fim de ano traz outros impactos positivos para os negócios. Na opinião da maioria dos entrevistados (27%), o principal é o aumento da receita de vendas. Para 14%, a oportunidade de lucro é maior nesse período, enquanto 11% indicam a possibilidade de atrair novos clientes.
Em relação às expectativas em relação aos produtos e serviços que devem ser mais demandados pelos consumidores neste fim de ano, 42% dos empreendedores acreditam que serão alimentos e bebidas; 37% indicam viagens e hospedagens (37%), 32% eletrônicos e 31% roupas.
Presença digital
A pesquisa também mostra que o uso das mídias sociais será a estratégia mais adotada pelos pequenos negócios para se destacarem da concorrência e impulsionar as vendas no fim do ano, sendo citada por 17% dos entrevistados. Em seguida estão investimento em marketing (12%), planejamento do estoque (11%) e investimento em ações promocionais (10%).
As redes sociais devem ser o principal meio de divulgação utilizado pelos pequenos negócios no período: 26% afirmam que devem lançar mão desses canais. A divulgação boca a boca é apontada por 16% dos entrevistados, enquanto 7% destacam a utilização do site da própria empresa.
As vendas on-line serão praticadas por 18% dos entrevistados, que pretendem lançar mão das redes sociais (16%), marketplaces (7%) e de sites próprios (6%) para comercializarem seus produtos e serviços. “A Black Friday e o Natal não são apenas datas comerciais – elas são uma oportunidade única para os empreendedores fortalecerem sua marca, conquistarem novos clientes e venderem mais. Mais do que descontos e promoções, essas datas exigem planejamento, cuidado e estratégias bem pensadas”, destaca o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
Expectativas do consumidor
Outro levantamento realizado pelo Sebrae Minas no mês de outubro, em parceria com a Hibou Estudos e Insights, confirma que a Black Friday reserva oportunidades para os pequenos negócios. Um dos dados favoráveis ao segmento: 41% dos consumidores afirmam que darão preferência aos pequenos negócios em suas compras. E entre os consumidores que pretendem comprar em lojas físicas este ano, 49% dizem que devem optar por lojas de rua que já conhecem, um aumento de 8% em relação ao ano passado.
O levantamento também mostra que 4 em cada 10 consumidores brasileiros pretendem comprar produtos ou serviços na Black Friday, enquanto 38% ainda se dizem indecisos, o que amplia as oportunidades para as empresas investirem na data para alavancar as vendas.
A Black Friday é a data com o maior ticket médio em intenções de compra dos consumidores brasileiros, de acordo com o levantamento. A maioria dos consumidores (26%) pretendem gastar entre R$ 500 e R$ 1.000 em compras na promoção; 23% entre R$ 1.000 e R$ 3.000 e 22% entre R$ 250 e R$ 500.
E para garantir que os descontos oferecidos pelas empresas são reais, 5% a mais dos consumidores, em relação a 2023, estão acompanhando os preços antes da Black Friday. Os itens do dia a dia estão na lista de prioridades de quem pretende aproveitar a data: 40% pretendem comprar eletrodomésticos; 36% vestuário; 33% utilidades domésticas e 26% perfumes e cosméticos.
Os grandes marketplaces lideram as preferências dos consumidores que vão optar pelas compras on-line. Os marketplaces de lojas de varejo aparecem em 4º lugar, citados por 38% dos entrevistados. Em 5º lugar estão os sites de pequenos lojistas, apontados por 18% dos consumidores.
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