GILBERTO REIS
Diretor de operações da Runtalent
Nos últimos anos, temos testemunhado um acentuado crescimento do comércio eletrônico. O avanço tecnológico e a crescente aceitação do consumidor estão impulsionando essa tendência, criando um cenário de grandes oportunidades para empresas de todos os setores e portes. Não se trata, no entanto, de uma mudança exclusiva no varejo, mas sim de uma transformação profunda em como as organizações, sejam elas focadas no B2C (Business to Costumer) ou no B2B (Business to Business), conduzem suas operações comerciais.
Segundo uma recente pesquisa realizada pela Octadesk e Opinion Box, o e-commerce é o meio mais utilizado por 58% dos brasileiros, no comparativo com as lojas físicas. De acordo com o mesmo levantamento, a taxa de quem utiliza ambos os modelos é de 14%. No que diz respeito à frequência, 85% dos entrevistados admitem comprar online, ao menos, uma vez por mês.
A ascensão dessa modalidade, que notadamente se fortaleceu mais no cenário voltado para o consumidor final, também cresce de forma consistente no mercado B2B. A expectativa é de que a movimentação global de e-commerce entre empresas cresça anualmente 19,7% até 2030, segundo um estudo divulgado em 2022 pela Grand View Research.
Trata-se, portanto, de uma estratégia de expansão adotada por organizações de diversos segmentos, impulsionadas pelas experiências positivas nas compras B2C, permitindo que cada vez mais pessoas confiem nas transações online. Além disso, é importante mencionar a oportunidade para superar o desafio logístico imposto pela geografia brasileira. Com o e-commerce, aumenta o acesso das empresas a produtos e serviços que só era possível nos grandes centros comerciais.
O fato é que esse movimento não apenas redefiniu a maneira como as operações são realizadas, mas também solidificou a importância dos sistemas tecnológicos avançados como pilares do sucesso nesse cenário. Essas soluções são essenciais para viabilizar a oferta dos serviços, além de ajudar a garantir uma experiência personalizada para o cliente.
A análise de dados desempenha um papel central nessa jornada, oferecendo insights sobre o comportamento do consumidor, tendências de mercado e eficiência operacional. Essas informações possibilitam ajustes estratégicos e tomada de decisões embasadas.
Outro ponto importante é a questão da segurança cibernética. O crescente volume de transações online atrai ameaças cada vez mais sofisticadas, e, nesse sentido, empresas que lidam com informações confidenciais e dados financeiros devem implementar medidas robustas para proteger esses ativos. Por isso, a adoção de protocolos de segurança avançados e a atualização constante de sistemas são essenciais para manter a confiança dos clientes e evitar violações de dados.
