As projeções para inflação feitas por analistas consultados pelo Banco Central, ao término de 2022, foram de inflação elevada, além de estarem previstos menos cortes para a taxa básica de juros em 2023, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nessa segunda-feira. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, foi fechado na sexta-feira, dia 30 de dezembro, antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva para seu terceiro mandato como presidente.
O Focus apontou que a expectativa é de que o IPCA tenha encerrado 2022 com alta de 5,62%, contra 5,64% antes. Mas para este ano a conta subiu em 0,08 ponto percentual, para 5,31%. Para 2024 também houve aumento, de 0,05 ponto, para 3,65%. Em todos os casos, as perspectivas para a inflação superam o centro da meta para cada ano -3,5% para 2022, 3,25% para 2023 e 3,00% para 2024, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A pressão inflacionária levou os especialistas consultados a preverem uma taxa básica de juros mais alta este ano, de 12,25% contra 12,00% antes, calculando assim menos cortes para a Selic ante o patamar atual de 13,75%. Para 2024 segue a expectativa de que a taxa encerre a 9,00%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento tiveram pouca alteração. A previsão é de crescimento de 3,04% em 2022, 0,80% em 2023 e 1,50% em 2024. Somente para este ano que houve ajuste, de 0,79% previsto na semana anterior.
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