Urologista fala sobre os perigos do câncer de bexiga - Rede Gazeta de Comunicação
Urologista fala sobre os perigos do câncer de bexiga

JOYCE ALMEIDA

O câncer de bexiga é um tumor de grande incidência no mundo e também no Brasil. São duas a três vezes mais comuns nos homens do que em mulheres e acomete mais o público idoso, entre 60 e 70 anos de idade. Na maioria dos casos, os pacientes recebem o diagnóstico após os 55 anos.

Segundo a Oncoguia, a doença atinge meio milhão de pessoas por ano em todo o mundo, e no Brasil foram registradas 4,5 mil mortes por consequência da condição só em 2020, sendo que os pacientes do sexo masculino representam dois terços dos óbitos.

O médico urologista, Bruno Garcia dá mais informações a respeito dessa doença. “O tabagismo é um dos principais influenciadores do câncer de bexiga, seja para quem fuma ou quem convive com fumantes. Os fatores ocupacionais como daquelas pessoas que trabalham na indústria têxtil e na indústria química, também possuem fator de risco maior, além do histórico familiar ser outro grande fator de risco, com uma incidência de duas a três vezes maior do que a população geral”, pontua.

Segundo o doutor, o principal sintoma do câncer de bexiga é o sangramento na hora de urinar. “É aquele sangue que vai junto da urina que chamamos de hematúria. Quando ela é visível a olho nu, chamamos de macroscópica e quando ela é vista apenas através do exame de urina, chamamos de microscópica. Tanto a macro como a micro devem ser investigadas, principalmente em pacientes acima de 50 anos, tabagistas e com fatores de risco relacionados à sua ocupação de trabalho, já que o câncer de bexiga é o sétimo tumor mais comum na população brasileira”.

O especialista esclarece que, normalmente, o diagnóstico pode ser realizado através de um exame de imagem chamado de cistoscopia. “Introduzimos um aparelho através da uretra e com a câmera que fica na ponta desse aparelho, em que conseguimos observar toda a mucosa da bexiga. Sabemos que é um exame desconfortável e às vezes é realizado em centro cirúrgico, mas o primeiro sinal é o sangramento na urina. Os exames de imagem podem ajudar mas nem sempre eles dão o diagnóstico ou podem excluir a presença da doença. O paciente precisa passar por uma consulta com urologista e provavelmente será solicitado alguns exames de imagem, apenas como uma triagem básica. É um processo que é realizado pelo SUS”, afirma.

Uma dúvida muito comum entre as pessoas é se beber pouca água pode causar esse tipo de câncer. De acordo com o urologista, o pouco consumo pode ocasionar outras enfermidades, mas que o recomendado não só para evitar o câncer, como também outras doença, é que a grande ingestão de líquidos é muito importante. “Beber pouca água não causa esse tipo de câncer, mas as toxinas presentes no cigarro, com fuligem, são fatores que podem ser evitados com o maior consumo de água, pois há uma diluição maior e uma depuração maior dessas toxinas. Além de uma alimentação construídas em frutas e legumes, já que são alimentos tão importantes, principalmente sem agrotóxicos que podem afetar a mucosa da bexiga”, finaliza. (Sob supervisão de Stênio Aguiar)

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