PAULO GUEDES| Colapso na saúde de Montes Claros poderia ter sido evitado - Rede Gazeta de Comunicação
PAULO GUEDES| Colapso na saúde de Montes Claros poderia ter sido evitado

Na última sexta-feira, 3, uma criança de sete anos faleceu por complicações respiratórias e falta de leito na UTI pediátrica no Hospital Universitário de Montes Claros, o que comoveu e revoltou toda a população. A falta de atendimento adequado a crianças e adolescentes em Montes Claros já se arrasta há meses, alarmando pais e responsáveis que se sentem inseguros quanto à saúde dos filhos mas o problema da saúde em nosso município é ainda pior do que se imagina, e abrange todo o setor hospitalar e da área da Saúde.

Com o encerramento dos contratos temporários de 555 funcionários e ausência de manutenção da infraestrutura, o sistema de saúde do município corre o risco de paralisar os atendimentos de urgência e emergência.

A cidade de Montes Claros é conhecida como polo de saúde das regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais, além de atender aos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri e ainda ao sul da Bahia. Devido a isso, o município recebe recursos maiores para que o Sistema Único de Saúde (SUS) continue funcionando plenamente. Paulo afirma que: “Até o mês de setembro de 2023, com nossa interlocução junto ao Governo Federal e Ministério da Saúde, conseguimos contemplar os hospitais Santa Casa, Dilson Godinho e Aroldo Tourinho com um repasse de recursos superiores a R$67,1 milhões para atender casos de alta e média complexidade.”

Em junho do ano passado, o estado havia anunciado verbas para o Hospital Universitário e funcionários, mas até hoje os aprovados no concurso de 2018 não foram nomeados e faltam leitos pediátricos. É o que aponta o deputado federal Paulo Guedes (PT-MG). “É revoltante ver que um hospital do tamanho do HU pode paralisar por falta de interesse público. A vida de milhares de pessoas estão em risco porque o governo Zema não dá posse aos concursados e ainda ameaça encerrar os contratos temporários que estão mantendo as portas abertas”.

Outra notícia que chocou a população foi a publicação de um decreto da prefeitura de Montes Claros, nº4785/2024, proibindo que pacientes pediátricos de outros municípios que precisem de leitos sejam atendidos nos hospitais da cidade. Guedes também comentou o caso. “Essa notícia chegou logo após o falecimento de uma criança de sete anos, de Salinas, por falta de UTI. Em vez de aplicar os recursos que a prefeitura recebe, e tem abundante em caixa, para estruturar a saúde do município, a administração da cidade publica essa portaria, que é um escárnio com aqueles que mais precisam de atendimento. Esse decreto é, além de inconstitucional, desumano”, acrescentou.

O MPMG entrou com uma ação civil pública contra o estado, a Unimontes e a cidade de Montes Claros pedindo que a justiça determine um plano de ação até o dia 30 de maio, pois o governo Zema não deu quaisquer sinais de ações para solucionar a possível paralisação dos serviços de saúde.

Não vamos aceitar que com dinheiro em caixa, sejam publicadas notas e decretos mas que nenhuma atitude concreta seja tomada para resolver a situação; como construção emergencial de leitos e contratação imediata de profissionais, afirma.

A saúde é nosso bem maior e precisa ser cuidado com carinho, nosso povo merece respeito e atenção, conclui o deputado.

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