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FATOS E DETALHES

RENOVAÇÃO NA CÂMARA

Em função do grande número de vereadores acumulados nos partidos UNIÃO BRASIL e PSD, a tendência é que a renovação da Câmara Municipal de Montes Claros seja maior que a inicialmente prevista pelos analistas. Só no UNIÃO BRASIL ficaram os vereadores Aldair Fagundes, Pastor Elair, Leãozinho, Graça da Casa do Motor, Odair Ferreira, Rodrigo Cadeirante e Bispo Stálin. Para voltar todo mundo em 2025, o partido de Guilherme Guimarães e Marcelo Freitas precisaria fazer, no mínimo, sete vagas. 

RENOVAÇÃO NA CÂMARA II

Já no PSD de Gil Pereira ficaram Eldair Samambaia, Marlus do Independência, Reinaldo Carrapicho e Sóter Magno. Sem o voto de legenda que o UNIÃO terá, para reeleger todos os vereadores de mandato, o PSD precisaria ter quociente eleitoral mais sobra para quatro cadeiras. Isso sem contar, no caso dos dois partidos, com os suplentes bem votados nas últimas eleições que estão, alguns agora estavam, no passado, com expectativa de conseguir uma vaga desta vez. Mas, são as regras do jogo, e o 80-20 da nova lei eleitoral não recomenda, por exemplo, o risco de se formar chapas para tentar eleger apenas um.

O QUE É O 80-20?

Para quem não acompanhou as últimas colunas, a regra do 80-20 é o seguinte: só faz vereador pela sobra o partido que fizer pelo menos 80% dos votos do quociente eleitoral. Por exemplo: se o quociente for 10 mil, o partido só entra na distribuição de sobra se fizer pelo menos 8 mil votos na soma total dos seus candidatos. E esse candidato precisa ter pelo menos 20% do coeficiente para ser eleito, ou seja, 2 mil votos nessa conta hipotética. Essa lei faz com que a maior parte da sobra vá para os partidos que elegeram vereadores, no plural, pelo quociente. É justamente aí que está a esperança de UNIÃO BRASIL e PSD de elegerem um número expressivo de parlamentares. Resta saber se um terá condições de fazer pelo menos sete e o outro pelo menos quatro vereadores. Missão duríssima.

DESISTÊNCIA

Estou checando informação de que, confirmando previsões iniciais de alguns analistas políticos, um pré-candidato a prefeito de Montes Claros desistirá, nas próximas semanas, para compor com outro pré-candidato a prefeito, uma vez que seu nome não teria decolado como ele esperava. Como é uma informação delicada, não vamos revelar os nomes dos envolvidos por enquanto. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos, mas, como são seis pré-candidaturas colocadas até o momento, é muito difícil que todas resistam até o fim.

TEMA DA ELEIÇÃO

A maior missão que uma pesquisa eleitoral precisa cumprir nesta altura do campeonato é identificar qual é o tema que prevalecerá na campanha, ou seja, se a eleição será de mudança ou de continuidade. Se for constatado, pelo cruzamento de dados quantitativos e qualitativos, que o sentimento da população é votar pela continuidade, precisam todos ficar atentos que só existe um candidato de situação: o prefeito em busca da reeleição ou o candidato que o prefeito está apoiando. Logo, esse candidato é favoritíssimo para vencer as eleições. De novo, parece óbvio e é óbvio. Pode acontecer do prefeito não apoiar ninguém, mas isso é completamente atípico.

TEMA DA ELEIÇÃO II

Já se o sentimento identificado na pesquisa for o de mudança, tende a vencer as eleições aquele candidato que, entre todos os outros que não o da situação, melhor representar a oposição. O eleitor geralmente vota em quem é ou quem não é. O diagnóstico do sentimento da eleição precisa ser feito o quanto antes, para que a situação tenha condições de trabalhar para aumentar a aprovação do governo e a oposição possa tentar aumentar a rejeição de quem está na Prefeitura. E já aviso: o movimento de mudança na avaliação de um governo, qualquer governo, costuma ser lento, a menos, claro, que um fato imprevisível surja no meio do caminho.

DIVISÃO

Em cidades que não têm segundo turno, tudo o que um candidato governista quer, principalmente quando ele está bem avaliado, é que a oposição se divida em dois ou mais nomes. É mais comum um candidato de governo mal avaliado vencer do que um candidato de governo bem avaliado perder. Os candidatos precisam ficar muito atentos e ter muita sabedoria na hora de fechar acordos.

Pecê Almeida Júnior é jornalista e publicitário e fechou esta coluna às 16h14 de 19 de abril de 2024.

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