Dia Nacional do Livro Infantil é comemorado - Rede Gazeta de Comunicação
Dia Nacional do Livro Infantil é comemorado

ÉLID NORONHA

No dia 18 de Abril, é comemorado o Dia Internacional do Livro Infantil, a data tem como objetivo incentivar a introdução da leitura desde a alfabetização dos pequenos, o amor pelo mundo literário, muitas vezes inicia-se pela infância, afinal os livros infantis revelam um mundo mágico, com personagens criados para chamar a atenção de crianças e garantir o seu interesse. A data foi escolhida, pois nesse dia, em 1882, nascia o escritor Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil brasileira, os seus principais personagens estão concentrados na obra “Sítio do picapau amarelo”.

 A Biblioteca Universitária da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) preparou uma grande programação para celebrar este dia, o evento foi no campus sede de Montes Claros, com o objetivo de destacar a importância da literatura na infância. A inauguração da exposição foi às 9 horas com presença do reitor em exercício, Dalton Caldeira Rocha e contou com a apresentação de dois livros escritos por professores da Unimontes: “Explorando a Natureza através do Brincar e a Primeira Infância”, de Rogéria Alves da Silveira, e “A História da Menina que Amava Colecionar Sementes”, de Gustavo Henrique Cepolini Ferreira. Além dos lançamentos mencionados, a exposição destacará obras de vários autores de literatura infantojuvenil locais, incluindo Adão Simões, Amelina Chaves e Ana Luísa Amaral Pereira, entre outros. Também serão exibidas obras de renomados autores brasileiros, como Monteiro Lobato, Ziraldo, Ruth Rocha e Marina Colasanti, entre outros.  O evento é direcionado para acadêmicos, professores, funcionários da Unimontes e para o público em geral, com um foco especial nos estudantes das escolas de Montes Claros.

Além disso, a coordenação do curso de Letras Português da Unimontes que está em comemoração devido aos 60 anos do curso, promovendo também um evento programado para o dia 02 de Maio, nomeado “Um País chamado infância”, será uma roda de conversa sobre a literatura Infantojuvenil Brasileira, o evento ocorrerá no auditório do Centro de Ciências Humanas (CCH) da Unimontes às 16h, e conta com a participação de convidados especiais como: Cyntia Pinheiro, Dóris Araújo, Éllen Cássia Santa Rosa, Fábio Gonçalves e Terezinha Campos.

Outro acontecimento importante referente à área literária em Montes Claros, é que na última terça-feira (16), a câmara Municipal de Montes Claros aprovou a criação da semana Municipal da Literatura, que ocorrerá anualmente no Dia Mundial do livro, 23 de Abril. A proposta foi apresentada pelo vereador Cláudio Rodrigues, segundo o parlamentar, o objetivo é contribuir para a formação de cidadãos críticos, participativos e protagonistas da sua própria história, por meio da realização de eventos ou seminários de leitura de obras literárias. Além disso, haverá uma integração dos escritores locais nas atividades de letramento nas escolas, incentivando a produção e a divulgação da literatura regional.

Conversamos com a escritora Montesclarense, Christina Mameluque Lúcio, sobre essa novidade em Montes Claros ela opina: “Eu achei bastante interessante, pois vai ser um incentivo, eu ainda não sei como vai acontecer, mas eu creio que vai ser muito produtivo e enriquecedor para as escolas, eu imagino que seja o ato de levar a literatura propriamente dita, às escolas. Dando ênfase nessa semana da literatura que hoje em dia está ficando tão esquecida. Então foi uma iniciativa que eu considero muito interessante e muito saudável.”

Sobre a sua paixão pela literatura e incentivo, Christina afirma também que “Desde muito pequena eu sempre recebi apoio e incentivo dos meus pais, eles sempre procuraram ter livros em casa, meu pai e a minha mãe são amantes da literatura. A minha mãe é Glórinha Mameluque, ela também é escritora. Então tudo veio de dentro de casa, eles sempre traziam para a gente livros e contavam histórias, então eu cresci nesse mundo da literatura e acredito que isso tenha me incentivado. Eles liam muitas histórias para mim, com aqueles personagens clássicos da literatura como Cinderela, Branca de Neve, a Bela Adormecida. Nas escolas onde estudei eu também tinham bastante incentivo, no jardim de infância me lembro de me vestir de Branca de Neve, pois era muito instigado, a gente conhecia as obras nas escolas e vinha a mente a imaginação. Hoje a imaginação das crianças fica a desejar, pois as imagens já estão prontas, tem tudo na televisão, filme e celular, as crianças hoje não tem a oportunidade de imaginar.”

Christina fez um importante trabalho de inclusão na literatura infantojuvenil, a escritora possui uma obra direcionada a pessoas (especialmente crianças) surdas.

-“Fruto desse incentivo, eu escrevi durante a pandemia um livro inclusivo voltado para a criança surda, o livro se chama “A princesinha surda”, nele a criança surda pode se enxergar na história, na contra capa tem o QR code que o acessando, o leitor tem a interpretação da obra  em Libras. Quando eu lancei foi algo inédito, pelo menos em Montes Claros. Ele foi lançado sem fins lucrativos, o objetivo principal foi realizar um sonho meu de escrever algo voltado para a inclusão de pessoas surdas.”

Com essa obra revolucionária, Christina se tornou uma importante figura da literatura Montesclarense e Norte-Mineira.

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