Comerciantes esboçam movimento contra lockdown em Moc - Rede Gazeta de Comunicação

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Comerciantes esboçam movimento contra lockdown em Moc

GIRLENO ALENCAR

Os comerciantes de Montes Claros esboçaram um movimento similar ao criado no Triangulo Mineiro contra o lockdown que suspendeu as atividades econômicas no município e por isso, publicaram uma “Carta Aberta”, nas redes sociais, onde comunicam ao governador Romeu Zema e ao prefeito Humberto Souto que a partir do dia 22 de março não admitirão nenhuma outra medida que prejudique a categoria. A consequência da nota é que a Associação Comercial e Industrial (ACI) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) emitiram nota de esclarecimentos informando que não tem qualquer vinculação com essa carta e afirmam que “neste momento, devemos nos unir em ações que ajudem a vencer a Covid-19, que sigam as regras estabelecidas pelas autoridades e preservem a saúde, com responsabilidade em prol do desenvolvimento regional”, destaca a nota.

A carta aberta gerou discussões divergentes, pois não apareceu a autoria e ainda menciona: “informarmos que a partir do dia 22 de março de 2021, não aceitaremos e muito menos seguiremos quaisquer decretos que impeçam qualquer pessoa no Município de Montes Claros de exercer seu Direito Constitucional da Livre Iniciativa (Art. 1o, IV, CF e Art. 170, CF). Qualquer novo decreto que impeça o trabalho irá comprometer outro Direito Constitucional, o da dignidade da pessoa humana (Art. 1o, III, CF) seja para empresários, colaboradores, funcionários públicos, aposentados e outros, pois, além de inviabilizar a continuidade de atividades, demissão em massa, quem tem seus proventos sofrerá com enorme redução em virtude da inflação no preço dos produtos”.

O documento pede aos gestores políticos e do Comitê Covid-19 “que esqueçam a política e adote o tratamento precoce, transparência da vacinação e verbas, façam investimentos na área da saúde, aumento de leitos, insumos, estoque de medicamentos, EPIs, dentre outros que garantam atendimento médico a todos, bem como a fiscalização contínua de festas clandestinas, churrascos em varandas gourmets e aglomerações. Reiteramos que distanciamento social não é sinônimo de proibição do trabalho e fechamento de atividades, tendo em vista que 90% do comércio e serviços do município não possuem aglomerações, devido à crise financeira. Dentro das lojas do centro, shoppings ou bairros, são raras as que possuem vários compradores simultâneos e as que possuem, devem controlar os acessos”.

O documento conclui a informação ao destacar: “Por fim, reiteramos ao Sr. Prefeito que não iremos seguir qualquer decreto que impeça o trabalho a partir do dia 22 do mês de março de 2021 e pede que não sejam editados decretos neste sentido, pois a abertura não será uma opção do Sr. Prefeito, mas do povo montesclarense contra os decretos e a fiscalização, ante a situação, iremos praticar a legítima defesa (Art. 25 do Código Penal), pois estaremos defendendo nossas famílias, nossos amigos, nossos colaboradores, todo cidadão montesclarense é nosso patrimônio. Pedimos diálogo, honestidade, bom senso e que afastem-se do espectro político, permitindo o povo trabalhar, para que evitemos enfrentamentos desnecessários que possam causar danos, quaisquer que sejam entre quem precisa trabalhar e agente da administração pública, seja na legislação, ou fiscalização. Queremos a paz, saúde e acima de tudo, que todos sejam livres”. 

ACI E CDL – As duas entidades, alegam que são representantes legais da classe empresarial de Montes Claros afirmam que não contribuíram para a construção do texto da referida “Carta”, nem têm conhecimento de sua autoria, até porque contam sempre com o apoio da imprensa para levar a seus representados, as autoridades e a população montes-clarense em geral as notícias, informações e/ou suas opiniões, quando não os fazem através de seus canais de comunicação oficial e sempre através de notas assinadas. Neste momento, devemos nos unir em ações que ajudem a vencer a Covid-19, que sigam as regras estabelecidas pelas autoridades e preservem a saúde, com responsabilidade em prol do desenvolvimento regional.

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