Para pais e mães de pets: autora celebra papel de cães e gatos nas famílias - Rede Gazeta de Comunicação
Para pais e mães de pets: autora celebra papel de cães e gatos nas famílias

Heloisa Hernandez do Nascimento

Escritora e editora

Quem é pai ou mãe de pet sabe que os animais de estimação ganham um papel especial na vida dos membros da família. Toda a rotina muda por causa deles, e as pessoas também são transformadas pela convivência com os filhos de quatro patas. Foi com essa realidade em mente que a escritora e editora Heloisa Hernandez do Nascimento publicou a Coleção Pets, para os tutores registrarem seus principais momentos ao lado dos bichos.

Com quatro obras diferentes destinadas às diversas vivências com cachorros e gatos, os leitores são convidados a refletirem sobre os laços de afeto com os pets. “Acredito que guardar registros dos momentos que vivemos é muito importante e significativo, é um cuidado, uma valorização daquilo de que gostamos, é nosso reflexo, mostra um pouco quem somos. Geralmente as pessoas têm memórias muito leves e alegres ao lembrar de seus pets e histórias que viveram juntos”, afirma a autora.

Na entrevista abaixo, ela pondera sobre o papel dos bichinhos de estimação no cotidiano e comenta sobre a importância da escrita como ferramenta para guardar lembranças. Leia:

A Coleção Pets é destinada a mães e pais de pets que desejam manter vivas as memórias desta relação tão bonita entre tutores e animais de estimação. Como surgiu a ideia da coleção? Acha que os bichinhos hoje são parte essencial das famílias brasileiras?

Heloisa Hernandez do Nascimento: Há algum tempo me interesso pelo tema da memória, das narrativas de vida, pelos laços de afeto, e vejo que os pets estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas. Antes de fazer a Coleção Pets, pediram para eu fazer um livro de bebê que pudesse ser utilizado tanto para meninos como para meninas. Então optei por utilizar imagens de bichinhos fofos, pensando não só na diversidade de gênero, mas também racial e de composição das famílias brasileiras. Ao pesquisar imagens para essa publicação, notei que havia muitas que retratavam famílias com cachorros e gatos.

Daí fiquei pensando sobre como seria criar um “livro de bebês para pets”. Haveria interesse? As pessoas teriam paciência para escreverem suas memórias com os seus bichinhos de estimação? Ainda não tenho essas respostas, mas, nas minhas pesquisas, constatei que desde a pandemia a adoção de pets cresceu muito, no Brasil e no mundo, e a relação que os tutores têm com seus bichinhos de estimação é cada vez mais próxima: hoje há muitas pessoas morando sozinhas, em apartamentos, os casais têm menos filhos e a população de idosos cresce no país… tudo isso favorece a adoção de pets, que passam a ser considerados como parte da família. Um estudo feito pela empresa brasileira Dog Hero aponta que 78% dos tutores consideram seus animais de estimação como um filho. Nos Estados Unidos, esse percentual chega a 95%, de acordo com a consultoria Nielsen. Há um carinho muito grande entre tutores e pets, as pessoas cada vez mais dedicam cuidado e tempo a eles.

A coleção conta com versões distintas para cães e gatos. Como foi o processo de criação para pensar cada um dos livros? Quais as principais diferenças e semelhanças entre eles?

Heloisa Hernandez do Nascimento: As perguntas em si são semelhantes, o que difere são as imagens, com as quais procurei ilustrar hábitos dos cães e gatos. No livro dos doguinhos, há muitos cenários que retratam parques, locais abertos. Os desenhos mostram também o tutor sempre muito junto ao bichinho de estimação. No livro dos gatos, o cenário predominante é o interior das casas, com almofadas ou sofás para eles dormirem, e muitas vezes aparecem sós, pela natureza mais independente que têm.

Nos dois livros, há espaço para os cuidadores colarem fotos de seus pets, pedirem para amigos escreverem comentários sobre os seus bichinhos de estimação, desenharem, etc. Além das perguntas, que vão pouco a pouco reavivando memórias de momentos especiais, quis deixar esse espaço mais livre, para cada um poder personalizar o seu livro.

Também criei quatro variações da publicação: há livros para doguinhos e doguinhas, gatinhos e gatinhas. Fiz essa escolha porque, como os pets são tratados como filhos, nada mais justo do que criar um conteúdo mais específico, mais próximo de uma personalização.

Para você, qual é o impacto que registrar as memórias com os pets pode ter na vida dos leitores?

Heloisa Hernandez do Nascimento: Acredito que guardar registros dos momentos que vivemos é muito importante e significativo, é um cuidado, uma valorização daquilo de que gostamos, é nosso reflexo, mostra um pouco quem somos. Geralmente as pessoas têm memórias muito leves e alegres ao lembrar de seus pets e histórias que viveram juntos. Como penso em abordar mais temas relacionados à memória das pessoas, achei que seria perfeito começar com os bichinhos de estimação. Também imagino que seja um tema que desperte vontade de escrever e documentar.

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