O lateral Nino Paraíba, atualmente no Paysandu, deu depoimento para a CPI da Manipulação de resultados e partidas de futebol, em sessão que ocorreu na Câmara dos Deputados, em Brasília. O jogador esclareceu como se envolveu nessas ações, quando atuava pelo Ceará, em 2022.
O escândalo veio a público quando o atleta de 37 anos atuava pelo América no início deste ano. Pouco depois de ser citado no esquema de apostas, o clube mineiro rescindiu com o jogador. Após julgamento em primeira instância, do STJD, Nino Paraíba recebeu uma suspensão de 480 dias e multa de R$ 40 mil. Na visão do atleta, a punição foi rigorosa.
“Achei que foi um pouco rigorosa. Em nenhum momento foi manipulação de resultado com amarelo, no meu entendimento. Não faria (receber cartão vermelho) porque aí está manipulando resultado. Amarelo não é expulsão, eu só tomei amarelo. Para mim, o cartão amarelo não manipula. Sei que errei e vim aqui com meu advogado que estou errado e o que fiz”, admitiu.
Durante o depoimento, Nino contou que a abordagem dos apostadores foi feita, primeiramente pelo Instagram, como um pedido de parceria, no qual o lateral receberia produto como tênis para divulgar em seu perfil.
O jogador revelou também que recebeu R$ 70 mil, no total, para receber os cartões amarelos em duelos contra Flamengo, São Paulo e Cuiabá, quando jogava pelo Ceará, na disputa do Campeonato Brasileiro de 2022. Segundo o jogador, ele recebia uma parte antes do duelo, e após o fim do jogo, recebia o restante.
Nino Paraíba chegou ao Paysandu em julho deste ano e fez apenas uma partida, no dia 30 do mesmo mês, no empate por 1 a 1 com o América-RN, pela Série C, antes de ser punido.
“Não sabia que ia chegar a esse ponto de destruir minha carreira. Mas, sei que errei. Nunca tinha feito isso em toda minha carreira. Chegar aos meus 37 anos e destruir minha carreira. No futebol nunca tive isso comigo. Fiquei muito triste depois e peço desculpa a todos”, declarou. (Gazeta Esportiva)
