Secretaria de Saúde reforça importância do controle e combate à leishmaniose - Rede Gazeta de Comunicação
Secretaria de Saúde reforça importância do controle e combate à leishmaniose

Na Semana Nacional de Controle e Combate à leishmaniose, que ocorre de 10 a 17/8, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES-MG) reforça a toda a população a importância de prevenir e tratar a doença infecciosa. Causada pelo parasita do gênero Leishmania, a doença se apresenta em duas formas: a leishmaniose visceral (LV), que ataca os órgãos internos, principalmente o baço e o fígado, e a leishmaniose tegumentar americana (LTA), que ataca a pele e as mucosas.

As leishmanioses são transmitidas pela picada da fêmea do flebótomo, um inseto muito pequeno (de 2 a 3 milímetros), de cor clara, quase transparente. Por isso, em algumas regiões, ele é conhecido popularmente como mosquito-palha.

A leishmaniose visceral (LV), também chamada de calazar, é uma doença crônica e não contagiosa, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma das seis endemias prioritárias do mundo, devido a sua alta morbidade e significativa letalidade quando não tratada. “O cão doméstico é considerado o principal reservatório da LV. No entanto, é importante frisar que ela não é transmitida do cão para o homem, mas por meio da picada do mosquito-palha”, explica a coordenadora de Zoonoses e Vigilância de Fatores de Risco Biológicos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Mariana Gontijo.

Os principais sintomas da LV são febre irregular de longa duração (mais de sete dias), falta de apetite, emagrecimento, fraqueza, aumento do abdômen, anemia e sangramentos (fase mais avançada da doença). “A leishmaniose visceral é uma doença grave, sendo as crianças, idosos e pessoas imunodeprimidas as que têm maior risco. Se não tratada, ela pode, com certeza, levar ao óbito”, alerta a coordenadora.

Já a leishmaniose tegumentar americana acomete a pele e mucosas e pode apresentar diferentes manifestações clínicas. As lesões cutâneas podem ser únicas, múltiplas, disseminadas ou difusas; já a forma mucosa caracteriza-se pela presença de lesões destrutivas localizadas, em geral, nas vias aéreas superiores. “Temos no estado uma média de 1,5 mil casos por ano de LTA. Apesar do baixo risco de óbito, ela causa muitos problemas, tanto com relação à questão clínica, quanto a fatores psicológicos, devido às lesões e deformidades que dela decorrem”, esclarece Gontijo.

A coordenadora salienta ainda que tanto o diagnóstico quanto o tratamento da leishmaniose estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos no estado uma rede de atendimento assistencial, tanto para a LV quanto para a LTA. Para isso, é essencial que o cidadão procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) assim que surgirem os sintomas”, ressalta.

No caso dos cães, Mariana alerta que, caso o animal apresente sintomas de leishmaniose visceral, seu tutor deve procurar imediatamente o serviço de Zoonoses ou a Secretaria Municipal de Saúde e solicitar a realização de exame para diagnóstico da doença. (Agência Minas)

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