Produtores rurais evoluem práticas de trabalho com o auxílio do sistema Faemg - Rede Gazeta de Comunicação

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Produtores rurais evoluem práticas de trabalho com o auxílio do sistema Faemg

A parceria Sistema Faemg Senar e Fundação Credinor segue transformando a vida dos produtores rurais em São João do Pacuí, São João da Lagoa, Coração de Jesus e Lagoa dos Patos, cidades que recebem grupos do Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG. Com foco na maior qualidade do trabalho e rentabilidade do negócio rural, o programa tem ajudado bovinocultores de leite na evolução da atividade.

“Essa é uma parceria muito boa e produtiva. A gente vem com a expertise do dia a dia, temos alguma teoria e conhecimento, mas na rotina da atividade atropelamos isso. O ATeG vem com olhar mais atento para detalhes que passam despercebidos, com toda experiência da técnica de campo que acompanha a propriedade”, avalia André Luiz Menezes, de São João do Pacuí.

Atuando na atividade leiteira desde 2012, André Luiz tem buscado nos últimos anos planejar de forma técnica e profissional a rotina da fazenda. Com auxílio do ATeG, foram feitos ajustes de manejo, estruturação da fazenda e gestão das contas do negócio. A busca é para equilibrar as contas, evoluir ainda mais na qualidade do leite produzido e fazer o negócio prosperar.

“Nos últimos três anos demos um salto na propriedade, buscando mais investimentos e a organização da atividade. Com a vinda da técnica do ATeG isso ficou ainda mais latente. Após uma estruturação física, estamos agora investindo na nutrição animal, já que não havia um manejo alimentar adequado, sempre sofrendo baixa produtividade com a chegada da seca. Essa foi a primeira vez que fiz a silagem, por exemplo. Um método simples que não era adotado”, completa André Luiz.

A proposta é saltar dos atuais 70 litros de leite por dia para 200 nos próximos anos. Para isso, além das medidas já adotadas de inovação e reestruturação na fazenda, estão no radar o aprimoramento genético do rebanho.

Atuação técnica e gerencial

O grupo de ATeG a qual André Luiz faz parte está apenas nos primeiros meses de assistência. Antes do programa, muitos produtores atuavam na atividade “as escuras, indo por indicação de um produtor ali, outro aqui”, como explica a técnica de campo Lavínia Francine Xavier.

Essa falta de metodologia correta, adequada para cada realidade, vinha desanimando os produtores da região. “Muitos aqui estavam com o caixa da fazenda no vermelho, com problemas sanitários e nutricionais dos animais, desafios com a seca, entre outros. Isso mudou, estamos iniciando uma recuperação da cadeia. Alguns produtores que pensavam em manter a produção como estava, sem ânimo para investir na atividade, hoje, após iniciar o ATeG, já mudaram a visão, estão investindo, pois enxergaram o potencial”, destaca Lavínia.

Segundo a técnica de campo, um dos primeiros passos foi atuar com melhoramento do manejo nutricional associado ao manejo sanitário. Em seguida um trabalho de incentivo à produção regular e de qualidade para conseguirem abastecer laticínios e a estruturação de alternativas para reduzir custos no dia a dia. “Aos poucos os produtores têm mudado a visão do negócio, vendo que a atividade pode dar certo, desde que apliquem melhores manejos e atuem com alternativas na redução de custos, como na produção da própria ração”.

Próximos passos

O ciclo do ATeG tem duração de dois anos, com visitas mensais na propriedade de cada produtor rural que faz parte do projeto. Após os primeiros meses de consultoria, a técnica de campo Lavínia Francine já projeta os próximos objetivos do grupo, que vem evoluindo a cada mês.

“Agora vamos partir para melhorar o rebanho dos produtores, com maior aptidão leiteira, aplicando melhoramento genético na atividade. Isso vai melhorar a produção e gerar mais valor ao trabalho destes produtores. Aos que ainda estão com quantidade de leite produzida baixa, vamos atuar para melhorar o sistema de produção, mantendo a qualidade dentro da estrutura que possuem, gerando retorno com a atividade. O ATeG é uma questão social. Se não houver qualidade de vida, não tem incentivo para eles seguirem na atividade. Por isso é importante ao fim do mês estes produtores terem um retorno financeiro satisfatório”.

As quatro cidades em questão representam regiões que, historicamente, congregam importantes bacias leiteiras. A ideia é retomar o potencial e protagonismo regional. “A partir do momento que vencermos estes obstáculos, o potencial da região vai crescer ainda mais. O ATeG era o incentivo que faltava para estes produtores. O leite se paga, se trabalhar direitinho com ele. Mas é preciso trabalhar de forma planejada, com técnica e gerenciamento”, finaliza Lavínia Francine. (RICARDO GUIMARÃES – Colaborador)

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