SRS e Unimontes reforçam a eficácia das vacinas e o combate às fake news - Rede Gazeta de Comunicação
SRS e Unimontes reforçam a eficácia das vacinas e o combate às fake news

Mais de 100 profissionais de saúde do Norte de Minas e de outras regiões do Estado participaram de videoconferência sobre a segurança das vacinas. A iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), contou com a participação do pediatra e epidemiologista, José Geraldo Leite Ribeiro e com o apoio das coordenadorias de Atenção à Saúde e de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros e do Conselho de Secretarias de Saúde de Minas Gerais (Cosems).

Durante a videoconferência, José Geraldo Ribeiro destacou a importância dos profissionais de saúde manter os esforços visando o combate às fake news que, nos últimos anos tem contribuído para a redução das coberturas vacinais em todo o país, sobretudo a partir de 2016.

 “A divulgação de notícias falsas contra as vacinas é um problema antigo, fruto do desconhecimento. Atualmente, aliado à falta de conhecimento e à amplitude que as mídias sociais alcançam, as fake news têm obtido grande repercussão na sociedade. Diante dessa situação, cabe aos profissionais de saúde usar as redes sociais para divulgar, de forma simples, transparente e honesta, os benefícios das vacinas para o controle de doenças imunopreveníveis”, pontuou Ribeiro.

O médico explicou que, atualmente, os processos de desenvolvimento de novas vacinas estão cada vez mais eficientes, tanto nos aspectos de segurança, eficácia e vigilância de possíveis efeitos adversos. O caso mais recente, citou o especialista, foi o desenvolvimento das vacinas contra a covid-19, utilizando a tecnologia do ácido ribonucleico RNA. “A eficácia obtida foi superior a 94%, inclusive nas pessoas com mais de 80 anos de idade, com administração de duas doses”, observou o médico.

Ele explicou que a vacina do RNA mensageiro é feita a partir de um mRNA sintético que corresponde a uma determinada proteína do agente infeccioso. Quem recebe essa vacina não é exposto a uma parte do micro-organismo que causa a doença, mas sim a um modelo de um RNA mensageiro. Isso faz com que as células produzam parte de uma proteína específica do agente infeccioso para que o organismo possa aprender que ela é estranha e, assim, desenvolva uma resposta imunológica.

Após a vacinação, o mRNA entra nas células e produz um pedaço inofensivo de uma determinada proteína do agente infeccioso. No caso do SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19, é parte de um tipo de proteína encontrada na superfície dele, chamada de spike. Quando as células do organismo produzem um pedaço inofensivo de uma determinada proteína do agente infeccioso, o sistema imunológico reconhece que ela não pertence ao organismo, ativando a produção de anticorpos e de outras células imunológicas para combater o que o corpo reconhece como uma infecção. Dessa forma, o corpo aprende a se proteger contra futuras infecções pelo mesmo tipo de vírus.

Diante das novas tecnologias que já têm proporcionado diversos benefícios para a sociedade, José Geraldo Ribeiro reforçou que “cabe aos profissionais de saúde atuar de forma honesta e esclarecer a população, de forma simples e transparente, os benefícios que as campanhas de vacinação proporcionam para garantir o controle e até mesmo a erradicação de doenças que podem ser prevenidas”, reforçou o médico.

O coordenador de atenção à saúde da SRS de Montes Claros, João Alves Pereira, destacou que “a realização da videoconferência, com participação de pesquisadores, acadêmicos e profissionais de serviços de atenção primária dos municípios constituiu momento oportuno para o reforço da importância do trabalho que esses profissionais desempenham perante a sociedade. As baixas coberturas vacinais é uma situação preocupante, tanto no que se refere à ocorrência de surtos de doenças imunopreveníveis, bem como para viabilizar a redução da mortalidade infantil”, disse Pereira. (Ascom SES-MG)

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