Manifestações cobram indenização dos atingidos de Jequitaí - Rede Gazeta de Comunicação

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Manifestações cobram indenização dos atingidos de Jequitaí

Várias famílias cujas terras serão inundadas pelas obras da barragem de Jequitaí, no Norte de Minas realizaram protesto na manhã de ontem, em Montes Claros, em frente à sede do Idene e Codevasf, onde se queixam que foram suspensas as negociações para assentamento, pois o Idene decidiu procurar o caminho judicial e não cumprir as obrigatoriedades do Plano de Negociação. Eles querem a negociação extrajudicial e que cumpram o plano de negociação.

O Projeto Hidroagrícola do Jequitaí, parceria dos governos federal e estadual, entra numa nova fase com a injeção de R$ 50 milhões destinados ao processo de desapropriação de terrenos para conclusão da barragem 1 e construção da barragem 2. Técnicos do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) estiveram na região, nas últimas semanas.

Nas diversas ocasiões, eles conversaram com os 170 proprietários para o fechamento dessa etapa fundiária, que vai possibilitar a formação do lago de 9 mil hectares, a partir do rio Jequitaí, para múltiplas funções. As reuniões com proprietários de terra nos três municípios ocorreram nos Postos de Assistência Social (PAS) de Jequitaí, Francisco Dumont e Claro dos Poções. Essa etapa antecede o pagamento, cujos recursos foram transferidos da Codevasf para o Governo de Minas, por meio do Idene.

De acordo com o Idene e a Codevasf, a etapa fundiária sendo concluída, haverá licitação para concessão de todo o empreendimento ainda este ano, dentro do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal.  Constam no projeto: a construção das duas barragens, canal de irrigação e construção de duas unidades de geração de energia de 20 MW. Há uma expectativa de irrigar 30 mil hectares, dotar a região de estrutura de lazer e turismo, além de piscicultura. Tudo isso vai gerar 40 mil empregos diretos e mais que o dobro de indiretos.

No futuro, há ainda a possibilidade de se trabalhar no abastecimento de 19 municípios com a água do lago, beneficiando cerca de 700 mil pessoas.  Ou seja, o Projeto Hidroagrícola do Jequitaí visa à transformação de uma região carente, principalmente pelos longos períodos de estiagem e falta de armazenamento de água.

Para o diretor-geral do Idene, Carlos Alexandre Gonçalves, o Projeto Hidroagrícola do Jequitaí terá relevante importância após implantado, tendo em vista a resolução da carência de abastecimento de água na região, resolvendo o problema da escassez hídrica. Além disso, criará condições de alavancar o desenvolvimento econômico e social da região, com a geração de novas oportunidades de emprego e renda. “Toda a equipe do Idene agradece a Advocacia-Geral do Estado, cujo trabalho nessa etapa foi fundamental para a continuidade das ações”, observou o diretor-geral do Idene. (GA)