GIRLENO ALENCAR
O deputado federal Delegado Marcelo Freitas, presidente do União Brasil em Minas Gerais e delegado da Polícia Federal, disse que o número de prisões após os atos em Brasília-DF foi excessivo, especificamente, por se tratar de prisões cautelares. Ele condenou os atos violentos na capital e cobrou a realização de audiências de custódia. O deputado que foi eleito pela primeira vez pelo PSL – na ‘leva’ do bolsonarismo – foi reeleito pelo União Brasil e entrou em choque com os bolsonaristas, quando ficou do lado do ministro Sérgio Moro, quando este rompeu com o presidente.
O deputado afirma: “enxergo com muita preocupação a situação. Não se combate excessos com mais excessos. O Supremo Tribunal Federal (STF), na pessoa do ministro Alexandre de Morais, na busca por coibir excessos, cometeu mais excessos. Nada disso contribui para acalmar os ânimos no país. É importante a individualização de condutas. A César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, alegou. Ele ainda afirmou que “a história vai considerar as prisões como abusos cometidos pela Corte” e que é “uma aberração jurídica”.
“Se o sistema quer ser punitivista e aplicar, não trato dos invasores, mas do grande número de pessoas que foi usado como massa de manobra, que individualize”, acrescentou.
Questionado sobre o decreto de intervenção federal, assinado pelo presidente Lula (PT), o deputado federal disse concordar com a necessidade da medida. Porém, o parlamentar defendeu que é preciso responsabilizar o Ministério da Justiça e os órgãos de inteligência do Executivo Federal. O afastamento do então governador Ibaneis Rocha (MDB) foi considerado um excesso por Freitas. Para o deputado federal Delegado Marcelo Freitas (UB), se houve falha do governo do DF, incluindo a secretaria de Segurança e da Polícia do DF, também teve do Ministério da Justiça.
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