VINÍCIOS SANTOS
Ainda antes de 2020, a depressão já era uma enfermidade que registrava incontáveis pacientes por todo o mundo. Não obstante, conforme especialistas, a pandemia provocada pelo coronavírus, todas as restrições por ela imposta, o distanciamento entre as pessoas, adiamento de planos importantes e, especialmente, o alto número de vítimas fatais, a perda de ente queridos e amigos e toda esta insegurança aumentaram consideravelmente os números negativos por todo o planeta.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que, se seguido o atual ritmo de casos registrados, nas próximas duas décadas a depressão pode se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde. Nem mesmo os casos de câncer e doenças cardíacas avançam em um ritmo tão acelerado.
Também de acordo com a OMS, a depressão deve ser a doença que mais gerará custos econômicos para os governos, devido aos gastos com tratamento para a população e às perdas de produção. O órgão esclareceu ainda que os casos são mais registrados nos países menos desenvolvidos.
Cerca de 450 milhões de pessoas são afetadas diretamente por transtornos mentais, segundo dados atuais, e a maioria delas vive nos países em desenvolvimento. O psicólogo Lucas Almeida afirma que os números são realmente preocupantes, e ressalta que uma das dificuldades é a aceitação da doença, seja por parte da pessoa ou pelos familiares a sua volta. “Os números mostram que o peso da depressão ainda vai aumentar, de modo que, em 2030, pode sim ser o maior mal da humanidade. As pessoas tem que entender que a depressão pode ter diversas causas, e que é importante um acompanhamento de um especialista para ajudar este paciente da melhor forma possível”.
O especialista acrescenta, ao finalizar, que “a depressão é uma doença como qualquer outra doença física, e as pessoas têm o direito de receber o mesmo cuidado médico que é dado no caso de qualquer outra doença”.
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