Para arroba do boi disparar, pecuarista precisa segurar! - Rede Gazeta de Comunicação

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Para arroba do boi disparar, pecuarista precisa segurar!

O mercado físico do boi gordo fechou a semana apresentando pouca movimentação de preços, na maioria das praças avaliadas no fechamento da primeira semana do ano. A dinâmica do mercado pouco mudou, ou seja, os frigoríficos atuaram com tranquilidade na compra em vários estados, tentando preços menores para a arroba. Mas as atenções precisam estar voltadas para alguns pontos.

O ano começou, porém, as negociações no mercado físico do boi gordo ainda não retornaram aos níveis normais de atividade e liquidez, como historicamente é o início de ano – ruim para o consumo na ponta final devido ao menor poder de compra das famílias, devido a gastos extras.

Além disso, muitas indústrias ainda permanecem em férias coletivas, enquanto os pecuaristas também postergam a volta ao mercado, gerando lateralidade nos preços do boi gordo na maior parte das praças pecuárias.

A boa oferta de bovinos terminados e escalas alongadas fizeram com que o preço da arroba permanecesse estável ao longo da semana. Desta forma a cotação da arroba do boi gordo ficou em R$ 280,00, da vaca gorda em R$ 267,00 e da novilha gorda R$ 272,00, preços brutos e a prazo.

O “boi China” está cotado em R$285,00/@, preço bruto e a prazo, segundo a Scot Consultoria. “Além dos dados de exportação, no decorrer das próximas semanas o mercado deve prestar atenção no ritmo de compras da China”, diz Agência Safras.

Já o Indicador do Boi Gordo, segundo o CEPEA, fechou a primeira semana do ano com uma variação positiva acumulada em 1,01%. Com isso, os preços saltaram de R$ 284,95/@ para o patamar de R$ 289,75/@. Além disso, é importante ressaltar que o preço retoma a um movimento de alta, como é possível observar no gráfico abaixo.

(retranca)

Frigoríficos vão tentar, mas pecuarista precisa comandar

Segundo a IHS, para essa semana, confirmando as expectativas de um mercado mais ativo nos dois lados da cadeia, espera-se uma continuidade nas tentativas dos frigoríficos brasileiros em empregar preços abaixo dos referenciais.

Porém, neste momento, muitos pecuaristas brasileiros também têm condições de ditar o jogo das negociações de boiadas gordas, pois os níveis satisfatórios de chuvas registradas nas áreas do Brasil Central elevaram substancialmente a qualidade do pasto, favorecendo a retenção dos animais no campo, à espera de boas vendas. (Compre Rural)