Aumento de fumantes do cigarro eletrônico: ‘falso aliado’ no combate do tabagismo - Rede Gazeta de Comunicação

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Aumento de fumantes do cigarro eletrônico: ‘falso aliado’ no combate do tabagismo

JOYCE ALMEIDA

Os cigarros eletrônicos foram desenvolvidos com o intuito de proporcionar aos fumantes a sensação de estar usando um cigarro convencional, possuindo apenas a nicotina, que é o principal elemento responsável pela dependência química. Apesar de não ser regulamentado no Brasil, esse tipo de cigarro é facilmente encontrado no comércio clandestino.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 18 milhões de brasileiros fumam. Entre os jovens, esse problema está cada vez mais comum, segundo estudos, a experimentação do tabaco é maior entre estudantes da rede pública de ensino. E uma a cada cinco pessoas, entre 18 e 24 anos, já usou cigarros eletrônicos pelo menos uma vez na vida. Em Minas Gerais quase 20% das pessoas são adeptas ao tabagismo. Os especialistas ainda alertam para 90% dos casos de câncer de pulmão são causados por substâncias presentes no cigarro.

Muitos dos usuários acreditam que o e-cigarro, como também é conhecido, seja menos nocivo e que auxiliam na tentativa de se livrar do vício. No entanto, esse dispositivo também proporcionam muitos danos à saúde, já que, embora ele não possua componentes, como alcatrão, amônia, metais pesados, e o monóxido de carbono, que aumentam as chances de ocorrência do câncer de pulmão e doenças cardíacas – ele pode trazer uma quantidade de nicotina ainda maior do que os cigarros tradicionais; isto faz com que seja tão viciante quando a cocaína e a heroína.

Para produzir os efeitos do cigarro, a nicotina é diluída em uma substância chamada propilenoglicol e misturada há outros produtos e aromatizantes que liberam diversos tipos de substâncias também tóxicas à saúde. Essa composição normalmente é comprada em refis que ficam armazenados em um cartucho do cigarro eletrônico. O reservatório é conectado a um vaporizador que transforma o líquido em fumaça.

Segundo especialistas, os cigarros eletrônicos não devem ser usados para acabar com tabagismo, já que, como ele também possui nicotina que é altamente cancerígena. Essa atitude, na verdade, só substituirá um vício pelo outro, visto que ambos os cigarros possui a mesma substância que provoca a dependência.

Além do vício, o cigarro eletrônico pode levar a sérios danos no sistema respiratório e cardiovascular, em muito pouco tempo. No entanto, muitos problemas ainda são desconhecidos, já que esse cigarro é um produto ainda recente na indústria do tabaco. Mas já se conhece que devido à composição do vapor do cigarro eletrônico conter substâncias derivadas de metais pesados, como Ferro, Alumínio e Níquel, os usuários podem desenvolver não só o câncer de pulmão, mas também o câncer dos seios da face, o enfisema pulmonar e a fibrose pulmonar. (Sob supervisão de Stênio Aguiar)

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