Adoção: um ato de amor e que requer muita responsabilidade - Rede Gazeta de Comunicação

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Adoção: um ato de amor e que requer muita responsabilidade

JOYCE ALMEIDA

Atualmente, no Brasil, 4,9 mil de menores estão esperando por uma adoção e 42.546 pessoas ou casais na fila para adotar uma criança. A legislação brasileira estabelece critérios para que as pessoas interessadas possam estar habilitadas para o processo de adoção. Cada estado apresenta suas particularidades na hora de regularizar o processo, mas existem, entre eles, muitos pontos comuns.

Para conseguir adotar uma criança é necessário muito mais do que seguir um simples passo a passo, pois, adaptar sua vida e a rotina para acolher e proporcionar o bem estar de uma criança é bem complexo, ainda mais que muitas delas vêm de ambientes familiares conturbados, com passado de violações aos seus direitos.

Carina Machado e Bartolomeu Moura, após descobrirem a infertilidade, passaram por todo o processo de adoção, e contam como foi a experiência de acolher o filho Levi. “Ao compartilhar um pouco da nossa história no Instagram, percebemos que havia uma demanda muito grande por informação a respeito do tema, pois ainda existem muitos tabus e mitos sobre a adoção. Decidimos compartilhar e explorar um pouco mais sobre o assunto, para poder ajudar mais famílias que queiram conhecer mais e até mesmo adotar. Um desses tabus é o processo ser muito burocrático, o quê na verdade, é uma questão um pouco relativa, pois é necessário entender e conhecer um pouco mais o que significa o passo a passo para a adoção, e até mesmo a habilitação de candidatos. Todo processo tem uma lógica e um sentido, que é uma razão para que tudo isso exista, que é o bem da criança e as famílias que estão interessadas na adoção”, explica Bartolomeu.

Carina orienta também que, para se tornar habilitado para a adoção, é preciso levar muitos aspectos em conta, como a avaliação psíquica, social, que é muito importante. “Recebo muitas perguntas de pessoas querendo saber o que precisa para adotar. Para isso, basicamente, qualquer pessoa acima de 18 anos que tenha condições físicas, psicológicas, financeiras para oferecer os cuidados básicos para uma criança pode estar passando pelo processo”, pontua.


“Esperamos cerca de três anos, antes de tomar esta decisão”

O casal ainda conta que a adoção não foi para substituir o filho que não tiveram biologicamente e que esperaram cerca de três anos e meio, após a descoberta da infertilidade, período em que ficaram mais preparados e amadurecidos para tomar a decisão – sem o peso do luto. “Demos entrada ao processo e após seis meses saiu a nossa habilitação; com três anos e três meses esperando na fila, recebemos a ligação. Por mais que esperamos um tempo grande, ficamos muito ansiosos, pois não sabíamos quando seria e quando nosso filhou chegou nos sentimos totalmente despreparados, pois viramos pais do dia para a noite. Então fomos correr atrás de tudo, porque antes não sabíamos se seria menino ou menina, nem sua faixa etária. Mas, resumindo tudo, foi um misto de sentimentos, ansiedade, euforia, nervosismo, coração transbordando de felicidade, pois era a realização de um sonho”, conclui Carina Machado. (JOYCE ALMEIDA – Sob supervisão de Stênio Aguiar)

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