Deputados cobram ampliação da oferta de água e energia - Rede Gazeta de Comunicação

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Deputados cobram ampliação da oferta de água e energia

Celeridade na implantação de subestações de energia elétrica e de sistemas integrados de abastecimento de água no Norte de Minas, maior apoio à logística de transporte no Vale do Aço e investimento do mínimo constitucional em ciência e tecnologia foram algumas das cobranças feitas ao Governo do Estado nesta quinta-feira (9/12/21), durante reunião do 2º ciclo do Assembleia Fiscaliza 2021.

A iniciativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) prossegue até segunda-feira (13), com o intuito de ampliar o papel fiscalizador do Legislativo estadual, e desta vez os questionamentos dos deputados foram direcionados ao secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, e ao diretor-presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Reynaldo Passanezi Filho.

Os gestores foram ouvidos pelas Comissões Extraordinárias das Privatizações e das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos, e ainda pelas Comissões de Assuntos Municipais e Regionalização, de Minas e Energia, de Educação, Ciência e Tecnologia e de Desenvolvimento Econômico.

O deputado Gil Pereira (PSD), que preside a Comissão Extraordinária das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos, ressaltou que a questão hídrica e energética é relevante para o Norte de Minas e reivindicou que parte das 200 subestações da Cemig previstas para execução até 2027 em várias partes do Estado, das quais 80 até o ano que vem, possam chegar antes à região.

“Sabemos dos projetos existentes, mas estamos solicitando celeridade nas subestações da Cemig, pois lá na ponta está faltando a distribuição da energia”, frisou o deputado, demandando ainda maior investimento em energia solar fotovoltaica.

Gil Pereira ainda reivindicou que a pasta, juntamente com a Gasmig, agilize estudos para a implantação de gasoduto ligando o município de Sete Lagoas a Montes Claros.

Quanto à questão hídrica, o deputado reivindicou empenho no empreendimento da barragem de Jequitaí, com agilização das obras em benefício de diversos municípios da região.

“Sofremos com a seca e pelos próximos 50 anos esperamos ter água com fartura para o desenvolvimento”, frisou o parlamentar.

Secretário diz que plano de energia pode ser reavaliado

Nas palavras do secretário de Estado, obras de captação do Rio São Francisco, com adutora passando por Ibaí e Coração de Jesus, vão contornar a triste realidade de seca e de falta de água apontada em Montes Claros e região.

Também em resposta aos questionamentos, ele destacou que já houve avanços em ações do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), mencionando que entre junho e dezembro deste ano foi implantado o Sistema Integrado de Abastecimento de Água (Sias) em 45 municípios, beneficiando famílias que dependiam de caminhão-pipa.

Por outro lado, ele argumentou que a geração de energia solar teve meta atingida pelo Estado antes do previsto, mas frisou que se dispunha a receber sugestões para o plano de energia elétrica do Estado.

Sobre a demanda por regularização, ele registrou que o governo trabalha com meta segundo ele ousada, atuando na entrega de mais de 37 mil títulos de regularização fundiária urbana, dando assim aos proprietários maior segurança jurídica e acesso a crédito.

Perguntas ao dirigente da Cemig

A deputada Beatriz Cerqueira também perguntou o que o presidente da Cemig tem feito para apurar como a empresa foi prejudicada em fraudes em obras no período entre 2004 e 2011, assim como ocorreu na Cidade Administrativa, o que motivou assinatura de acordo de leniência entre o governo mineiro e a Andrade Gutierrez.

Ela também questionou o fato de a empresa, mesmo tendo melhorado seus indicadores financeiros, estar reduzindo suas obrigações no pós-emprego em plena pandemia.

Sobre a primeira questão, o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, respondeu que apenas teve conhecimento do acordo de leniência firmado. Em relação à segunda questão, ele disse que a empresa busca soluções de longo prazo, sempre respeitando a legislação.

Sobre demandas no setor de energia feitas pelos deputados Gil Pereira e Rosângela Reis, o presidente da Cemig informou que ⅓ dos recursos previstos em programa de investimentos será destinado para o Norte de Minas. Em relação ao Leste de Minas, ele enfatizou que o agronegócio cresce muito nessa região e que o programa Minas Trifásico certamente a beneficiará. (Portal ALMG)

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