Incidência da Covid-19 registra queda e Norte de Minas avança para a onda amarela - Rede Gazeta de Comunicação
Incidência da Covid-19 registra queda e Norte de Minas avança para a onda amarela

A melhora de todos os indicadores da Covid-19 em Minas Gerais levam o estado à fase de maior controle da pandemia desde o início do ano. O dado foi apresentado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta quinta-feira (15/7) durante o encontro virtual do Comitê Extraordinário Covid-19, que se reúne semanalmente para discutir a situação da doença.

Diante da melhora, o grupo aprovou a evolução da macrorregião de Saúde Norte para a onda amarela do Minas Consciente. Assim, 12 das 15 localidades estão atualmente nas ondas mais flexíveis do plano, criado pelo governo estadual para promover a retomada segura e gradual da economia. Apenas três regiões se encontram em onda vermelha, mas nenhuma delas possui a classificação de Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável, o que inviabilizaria, por exemplo, a volta às aulas. As mudanças entram em vigor neste sábado (17).

Melhora dos indicadores

A taxa de incidência, que mede a circulação do vírus na sociedade, caiu 23% nos últimos 14 dias, e é a oitava menor do país. Já a confirmação de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocada por Covid-19 chegou a 58% na última semana, o menor número desde janeiro.

A positividade, indicador que mede o número de pessoas com sintomas gripais que testam positivo para Covid-19, também saiu do patamar de 30% a 49% para menos de 30%, variando entre 26% e 28% nas últimas semanas.

“Isso demonstra que o vírus tem circulado menos e gerado menos necessidade de realização de exames. Além disso, os exames realizados têm demonstrado menos positividade para Covid-19. Lembrando que estamos no inverno, um período de grande circulação de outros vírus que provocam sintomas gripais”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

Ele ressaltou ainda que os gráficos mostram um descolamento dos casos leves em relação aos casos graves e óbitos, algo que não acontecia no passado. “Sempre que tínhamos aumento de casos leves, ele levava ao aumento de casos graves e óbitos. Agora, no pico que ocorreu no meio de junho, já não observamos o aumento proporcional nos casos graves e a evolução para óbito”, explicou.

Ocupação de leitos

A média de solicitações de internação em leitos de UTI Covid teve queda de 30,41%, e o tempo médio de espera por atendimento na última semana caiu de 22 para 15 horas.

“Chegamos a patamares muito superiores nos picos observados neste ano. Agora, estamos em uma situação muito mais confortável e isso se deve tanto à vacinação, quanto às iniciativas do Governo do Estado para conter a pandemia”, afirmou o secretário de Saúde.

Ele ressaltou ainda que o aumento da incidência com o pico registrado no mês de junho não resultou em aumento de solicitações por leitos de enfermaria e de UTI, diferentemente do cenário observado nos picos anteriores. “Isso comprova a eficácia da vacinação e das medidas adotadas pelo governo do Estado”, lembrou.

Atualmente, a ocupação de UTI Covid na rede pública mineira é de 61% e 70 pacientes aguardam por um leito. O número chegou a 227 pacientes em 10 de junho.

Mudanças

Com o progresso da vacinação e a melhora dos indicadores da Covid-19 em Minas, o Comitê Extraordinário revisou o protocolo do Minas Consciente e criou regras para a realização de grandes eventos.

As principais alterações se referem ao distanciamento e à capacidade máxima de lotação dos espaços, e atingem especialmente os setores mais afetados pelas restrições da pandemia, como Eventos e Turismo. As mudanças passam a valer no dia 15 de agosto.

Ficaram decididos a flexibilização do distanciamento padrão para 1,5 metros; o aumento nas lotações máximas de espaços, conforme a onda do Minas Consciente; e regras específicas para a viabilização de grandes eventos de natureza cultural, esportiva, comercial, religiosa, social ou política, por um tempo pré-determinado.

Segundo Baccheretti, as novas regras, aprovadas pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coes), se basearam em experiências bem-sucedidas em outros países. “Estamos em uma nova fase, com vacinas chegando de forma consistente e melhora nos indicadores. Diante disso, vimos a necessidade de criar regras para os grandes eventos, já que eles não eram considerados de forma separada no Minas Consciente. Fizemos uma ampla discussão e a equipe técnica buscou exemplos em outros países que já passaram por uma fase de vacinação semelhante à nossa (50% com primeira dose e segunda dose crescendo, chegando próximo de 15%) para definir as regras”, afirmou.

Cirurgias eletivas

O Comitê também aprovou atualizações para realização de cirurgias eletivas, aquelas sem caráter de urgência.

Em situação de cenário desfavorável assistencial e epidemiológico os procedimentos ficam suspensos. Exceto para pacientes que precisam de transplantes, cirurgias cardiovasculares, oncológicas, neurológicas e nefrológicas. Atualmente, nenhuma região do estado se encontra nessa condição.

A onda amarela inclui todos os procedimentos permitidos na onda vermelha, além de cirurgias hospitalares que não demandem intubação ou sedação profunda. (Agência Minas)

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