Estado faz mobilização para o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço - Rede Gazeta de Comunicação

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Estado faz mobilização para o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço

A Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros inicia hoje as ações de mobilização dos municípios com os municípios do Norte de Minas, para a Campanha Julho Verde, voltada para o diagnóstico precoce e tratamento do câncer de cabeça e pescoço. Esses tumores são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é formada a voz), esôfago, tireoide e seios paranasais.

Como parte das ações do Julho Verde, hoje a Associação de Câncer de Boca e Garganta – realizará a partir das 19 horas, via YouTube, uma live  abordando o seguinte tema: “Câncer de Cabeça e Pescoço: Qual é a realidade?”. Além de médicos e cirurgiões dentistas, a live é aberta à participação de profissionais de saúde de várias áreas, bem como a gestores de saúde dos municípios e a população em geral. Em todo o país, em 2020 foram notificados 16.170 casos. Em Minas Gerais foram 2.260 notificações.

“Essa situação é preocupante, pois no ano passado, devido à pandemia da Covid-19, os serviços de saúde de média e alta complexidade só estavam atendendo casos de urgência. Com isso, a tendência é de que neste ano os casos de câncer de cabeça e pescoço sejam identificados em estágios mais avançados”, observa a cirurgiã dentista, Denise Silveira, mestre em cuidado primário em saúde e referência técnica de saúde bucal da SRS de Montes Claros.

Ela explica que os serviços de atenção primária em saúde dos municípios têm papel de fundamental importância na busca ativa, no diagnóstico precoce e encaminhamento de pacientes para tratamento nos serviços especializados existentes no Norte de Minas. Segundo ela, os principais fatores para o desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço estão o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, responsáveis por cerca de 80% dos casos. A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), má higiene dental e a desnutrição, também constituem fatores de risco para o surgimento do câncer de cabeça e pescoço.

Nesse contexto, Denise Silveira pontua que “os agentes comunitários de saúde que atuam nos serviços de atenção primária se constituem importantes atores no encaminhamento de pacientes para atendimento especializado, visto que conhecem os territórios e o perfil da sua população de abrangência, mantendo com eles boa comunicação, o que é essencial para rastreamentos, orientações e monitoramento dos casos de câncer. Além disso, os serviços de atenção primária são responsáveis pela execução de ações voltadas para a promoção da saúde; melhoria dos hábitos alimentares; combate ao tabagismo; realização de ações voltadas ao autocuidado em saúde bucal; aumento do acesso da população aos serviços de saúde e diagnóstico precoce das lesões pré-malignas”.

Reforçando que os serviços de atenção primária à saúde constituem a porta de entrada da população no Sistema Único de Saúde (SUS), Denise Silveira explica que “as lesões benignas são identificáveis e, se possível, tratadas neste ponto de atenção. Se o profissional necessitar de apoio no diagnóstico ou se a lesão identificada exigir um cuidado diferenciado que impossibilite que seja biopsiada na assistência primária, os usuários são encaminhados ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) da microrregião ou para as clínicas de estomatologia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes); das Faculdades Integradas Pitágoras ou da Funorte”.

Já os casos fortemente sugestivos de câncer são encaminhados para a realização de biópsia confirmatória e tratamento nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade (Unacons) da Santa Casa de Montes Claros e do Hospital Dilson Godinho. (GA)

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