O que o surf me ensinou sobre um ambiente de trabalho de uma fintech (parte 2) - Rede Gazeta de Comunicação
O que o surf me ensinou sobre um ambiente de trabalho de uma fintech (parte 2)

FERNANDA INOMATA

Líder de Assuntos Institucionais do Pravaler, plataforma de soluções financeiras para educação

Isso porque a gente sabe que, antes de ser um CNPJ, uma empresa é uma conjunção de CPFs. Então, se quisermos ter um ambiente de criatividade e colaboração, são as pessoas que precisam ser criativas e colaborativas. Se quisermos que os clientes se apaixonem pelas nossas soluções, elas precisam ser feitas por pessoas apaixonadas. E como as equipes em uma fintech geralmente são enxutas, cada comportamento de cada pessoa importa. Uma só pessoa remando contra a maré já é o suficiente para afundar o barco – ou a prancha.

2. Menos burocracia e mais adaptação

Apesar de existirem previsões de marés e de altura de onda disponíveis na internet, o mar é sempre surpreendente. Seja pela arrebentação, pela temperatura da água, pelas condições climáticas ou até mesmo pelas condições indevidas de preservação ambiental, surfar é estar disposto a enfrentar o desconhecido sem manual de instruções.

Ter jogo de cintura para se adaptar rapidamente e lidar com o imprevisível é crucial para um aspirante a surfista – e também para um colaborador de uma fintech.

 Nesse ambiente, a burocracia tão típica das grandes corporações dá lugar a modelos de gestão inovadores, como a metodologia Ágil e o trabalho em squads. Essas duas práticas, vigentes aqui no Pravaler, são papo para outros artigos. Por ora, só para contextualizar, a metodologia Ágil é um conjunto de práticas que permite entregas rápidas, adaptáveis e focadas na geração de valor para o cliente, enquanto o trabalho em squads é uma forma de juntar os colaboradores em pequenos grupos multidisciplinares e concentrados em entregas comuns a todos.

Ou seja, em vez de ficarem executando as mesmas tarefas sem entender o propósito ou sem enxergar o valor desta atividade, dentro de uma fintech as pessoas tendem a ter uma rotina mais dinâmica. As melhores palavras que descrevem as fintechs são: adaptáveis e intensas. Assim como o mar.

3. Bons relacionamentos são tudo

Uma das máximas do “código de conduta do surf” é a amistosidade. O outro furou a fila e surfou a onda que você estava se preparando para pegar? Remou de volta para antes da arrebentação e entrou na sua frente bem quando você estava surfando? Dê um toque, mas não brigue. Não combina com a personalidade pacífica de um surfista.

Assim como um tom de voz autoritário e tradicionalista não combina com a personalidade de uma fintech.

As fintechs têm ganhado a preferência dos clientes justamente por serem flexíveis, amigáveis, acessíveis, práticas. Isso se reflete em uma comunicação menos formal, mais livre, mais autêntica. Afinal, a gente acredita que é mais gostoso se relacionar com uma empresa que trata o cliente como um ser humano, em vez de encará-lo apenas como um número ou uma cifra. É dessa relação próxima que vem a transparência e a sensação de que as fintechs são mais do que empresas: são um conjunto de pessoas apaixonadas e perseguindo um propósito maior.

No Pravaler, a gente trabalha com crédito estudantil. Mas o que faz todos nós vestirmos a mesma camisa e nos doarmos dia após dia é a nossa vontade de mudar o mundo por meio do acesso à educação.

Essa foi a onda que eu escolhi surfar. E você, por onde anda surfando?

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