Rio Pardo tenta impedir fechamento do presidio de 86 anos - Rede Gazeta de Comunicação
Rio Pardo tenta impedir fechamento do presidio de 86 anos

GIRLENO ALENCAR

As entidades de classes do município de Rio Pardo de Minas abriram uma campanha para evitar o fechamento do Presidio Local, construído em 1.925 e, portanto, com 96 anos de existência. A alegação é que o fechamento deverá ocorrer em dezembro deste ano, com risco dos presos serem transferidos para o Sul de Minas ou então Montes Claros. O assunto será discutido na audiência que a  Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizará hoje,  às 9h30, no Auditório José Alencar, com transmissão e participação on-line. A atividade deixou de ser realizada em no último dia 4, devido à ausência do secretário-geral do Estado e presidente do Comitê de Orçamento e Finanças (Cofin), Mateus Simões, e do secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco.

Na ocasião, o presidente da comissão e autor do requerimento para a realização do debate, deputado Sargento Rodrigues (PTB), assim como outros parlamentares da comissão, preferiram adiar o encontro. “É extremamente necessária a presença do secretário de Justiça e Segurança Pública, porque ele pode dirimir qualquer dúvida em relação à matéria”, avaliou Sargento Rodrigues. No requerimento para a realização da audiência, o presidente da comissão argumenta que o artigo 103 da Lei Federal 7.210, de 1984, que trata daLei de Execução Penal, prevê que cada comarca terá pelo menos uma cadeia pública a fim de resguardar o interesse da Administração da Justiça Criminal e a permanência do preso em local próximo ao seu meio social e familiar.

Segundo Sargento Rodrigues, durante o debate, será cobrada da Secretaria de Justiça e Segurança Pública que apresente a lista das unidades prisionais que já foram fechadas, aquelas transformadas em presídios femininos e as que se pretende fechar, esta última lista acompanhada da programação. Também foi solicitado que o Executivo apresente informações sobre a relação das unidades prisionais interditadas, com a respectiva motivação; o deficit de vagas; o custo dos detentos nas unidades menores e nas de maior capacidade; e a transferência de presos, especialmente com relação à responsabilidade, aos deslocamentos e distâncias percorridas.

Para o presidente da comissão, o fechamento das unidades trará prejuízos não só para as Polícias Civil e Militar, como também para o Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública.Diante disso, também foram convidados para a audiência o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Gilson Sores Lemes, e o procurador-geral do Estado, Jarbas Soares Júnior, além de representantes dos comandos das Policias Civil e Militar.

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