Professora do IFNMG é aceita na Universidade de Oxford - Rede Gazeta de Comunicação
Professora do IFNMG é aceita na Universidade de Oxford

A servidora da carreira docente do IFNMG Carla Pereira Silva, formada em Ciências Sociais, mestre em Relações Internacionais e lotada no IFNMG-Campus Diamantina, foi admitida no Programa de Visitantes Acadêmicos do Departamento de Política e Relações Internacionais da Universidade de Oxford, que fica na cidade de mesmo na Inglaterra. Ao longo deste ano, durante os dois trimestres letivos em que estará em Oxford, a servidora, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem a tarefa de desenvolver parte da sua pesquisa. Além disso, Carla também está tendo a oportunidade de estudar língua inglesa no Centro de Línguas da Instituição.

“A oportunidade de vir para Oxford me permite ter acesso a literaturas de referência e a periódicos internacionais, a frequentar cursos de metodologia e a assistir às aulas dos professores que fundamentam a minha pesquisa em Teoria Política. O Departamento de Política e Relações Internacionais, ao qual estou vinculada na Universidade de Oxford, possui em seu corpo docente os maiores professores de Teoria e Pensamento Político, além de ser um polo de desenvolvimento metodológico no campo de estudos sobre Política e Relações Internacionais”, informa Carla Silva.

A Universidade de Oxford é a mais antiga universidade do mundo anglófono, a segunda mais antiga da Europa e por sete anos consecutivos é a melhor do mundo conforme o THE World University Ranking, um dos rankings mais respeitados e acessados do mundo. A THE é uma empresa provedora de dados e indicadores que aferem o desempenho de universidades e que, desde 2004, fornece essas informações para estudantes, suas famílias, gestores universitários, empregadores, governos e indústria.

Pesquisa no campo da negritude e da democracia

Sob a orientação do professor doutor Juarez Rocha Guimarães, Carla Silva desenvolve um estudo comparado do pensamento político negro-brasileiro e suas contribuições para pensar a democracia no Brasil. A pesquisadora investiga pessoas autodeclaradas negras que formam uma categoria denominada de intelligentsia, ou seja, um conjunto de intelectuais com poder e influência, sobretudo no campo político.

“Meu objetivo principal é caracterizar o pensamento da intelligentsia negra-brasileira, da segunda metade do século XX. O universo da pesquisa compreende intelectuais autodeclarados negros, que tenham escrito textos sobre o Brasil, a partir de 1950, elegendo a raça como principal ferramenta analítica para pensar os desafios da democracia no Brasil. Defendo a tese que o pensamento dos intelectuais negros brasileiros é inovador e constitui uma mudança paradigmática nos estudos sobre Pensamento Político Brasileiro”, explica a professora.

Dentro do Programa de Visitantes Acadêmicos de Oxford, Carla Silva conta um supervisor, o professor Stuart White, que contribui para o desenvolvimento do projeto de pesquisa da doutoranda. “O professor Stuart White tem um longo trabalho sobre igualdade e cidadania, temas importantes para o pensamento político brasileiro. Por isso, entrei em contato com ele por e-mail manifestando o meu interesse em aprofundar os meus estudos sobre as temáticas que ele investiga e publica em livros e artigos”, destaca a pesquisadora.

Com a participação no Programa de Visitantes Acadêmicos do Departamento de Política e Relações Internacionais da Universidade de Oxford, o professor Stuart White passou a exercer o papel de co-orientador da pesquisa da servidora. A previsão é que Carla Silva conclua o doutorado em 2024. Quando retornar para as salas de aula do IFNMG, a professora já projeta empregar a experiência vivida no Reino Unido para continuar suas pesquisas no Instituto.

Carla Silva já atuou como coordenadora no âmbito das Relações Internacionais do IFNMG e destaca que estar em Oxford atualmente também é uma oportunidade de fazer parte de uma rede internacional de pesquisadores das Ciências Sociais. “Além disso, espero compartilhar a minha experiência com os colegas do IFNMG que também têm o desejo de estudar fora do país”, aponta a pesquisadora. (Ascom IFNMG)

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