População em situação de rua cresce 16% neste ano, no Brasil - Rede Gazeta de Comunicação
População em situação de rua cresce 16% neste ano, no Brasil

JOYCE ALMEIDA

Milhares de pessoas no Brasil e no mundo todo vivem em situação de rua. Até maio deste ano, 184.638 moradores de rua foram contabilizados pelo CadÚnico. É um problema de responsabilidade social, que está crescendo continuamente e é fácil perceber que essa população é amplamente vulnerável e sem amparo. Muitas são as causas que leva uma pessoa a cair nessa realidade, entre elas, as principais estão ligadas a vícios químicos, a violência e também o desemprego. É uma situação delicada, pois os problemas de saúde ocasionados pela fome e a alta exposição ao frio nas madrugadas e dias chuvosos; ao calor excessivo durante o dia, fora os danos psicológicos.

No Brasil, um estudo feito pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, plataforma do Programa Transdisciplinar Polos de Cidadania da Universidade Federal de Minas Gerais, apontou que o número de pessoas que moram nas ruas cresceu 16%, só no período de dezembro de 2021 a maio deste ano. A capital São Paulo é onde mais possui pessoas nesta condição.

Além dos problemas já citados, os transtornos psicológicos adquiridos por alguma perda de um familiar, ou a falta de laços com a família e amigos, levando o indivíduo a ter depressão. Derivado desse ponto, também é comum notar o quadro da perda de autoestima, do amor e cuidado próprio, onde a pessoa se abandona em função de uma grande tristeza que a atinge. Através desses acontecimentos, a tendência aos vícios é muito grande, visto que, ilusoriamente, o álcool, as drogas e a dependência em medicamentos suprem as necessidades emocionais.


Mais de 160 mil pessoas estavam morando nas ruas, ao final de 2021

Em todo o Brasil, aproximadamente 160 mil pessoas estavam morando nas ruas, até o período de dezembro de 2021, de acordo o levantamento nos cadastros do CadÚnico. Na cidade mais populosa do país, a capital São Paulo, é onde mais se encontram esses casos, com pouco mais de 40 mil registros de indivíduos em situação de rua. Segundo dados oficiais do Censo 2021, em sua maioria, são homens na faixa média de 41,7 anos de idade, sendo 70,8% pessoas pretas ou pardas. Em seguida se encontram o Rio de Janeiro, possuindo 10.624 e Belo Horizonte com 10.241 pessoas.

Embora existam algumas instituições e projetos voltados para esse público, esse cenário crítico é ainda mais amplo. Segundo pesquisa, no Brasil, 93% dessa população vive em extrema pobreza; 87% possui entre 18 e 59 anos de idade e 10% tem mais de 60 anos, além 3% serem crianças e adolescentes; 68% se consideram negras, 31% brancas e 1% indígenas e amarelas e 87% do sexo masculino e 13% feminino; 84% recebem Auxílio Brasil (Bolsa Família) e 15% possuem algum tipo de deficiência.

Muitas também não possuem escolaridade completa: 47% com o ensino fundamental incompleto e 14% completo; também 16% possuem ensino médio completo e 9% incompleto, 11% não sabem ler e nem escrever; e 2% têm ensino superior completo ou incompleto. (JOYCE ALMEIDA – Sob supervisão de Stênio Aguiar)

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