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FATOS E DETALHES

GUERRA NA SAÚDE

A morte de uma criança supostamente pela falta de um leito de UTI pediátrica gerou uma verdadeira guerra política em Montes Claros. Vereadores e pré-candidatos de oposição, como Délio Pinheiro (PDT), Daniel Dias (PCdoB) e Iara Pimentel (PT), fizeram vídeos cobrando providências da Prefeitura. A Prefeitura, através de Sérgio Souto, um dos seus assessores de comunicação, respondeu em grupos de WhatsApp, que o Município fez acordo com a Santa Casa para a ampliação dos leitos.

GUERRA NA SAÚDE II

Segundo a nota do assessor da Prefeitura, “no ano passado, a Santa Casa de Montes Claros assinou contrato e recebeu parte do dinheiro para implantar dez leitos de UTI Pediátrica, mas não cumpriu o combinado”. O superintendente da Santa Casa, Maurício (PL), nunca é demais lembrar, é pré-candidato a prefeito, dividindo votos de direita com o candidato oficial do Paço, o atual vice-prefeito Guilherme Guimarães (UNIÃO). Posso estar equivocado, mas não vi, nem nas redes sociais da Santa Casa ou de Maurício, nenhuma resposta sobre a nota do assessor.

GUERRA NA SAÚDE III

O deputado Paulo Guedes (PT), também pré-candidato a prefeito, dividiu a responsabilidade entre o governador Romeu Zema (NOVO) e a Prefeitura. Segundo Paulo, o Governo de Minas está querendo encerrar os contratos temporários de 555 funcionários do Hospital Universitário da Unimontes, uma das portas de entrada para pediatria em Montes Claros. Ele também criticou o decreto da Prefeitura que restringe o atendimento pediátrico a pacientes do município. De acordo com o deputado, “o decreto é inconstitucional e desumano”, já que a rede de saúde tem pactuações regionais.

GUERRA NA SAÚDE IV

Defensor da candidatura de Guilherme Guimarães, o deputado federal Marcelo Freitas (UNIÃO), por seu turno, alegou que o momento não é de politizar a questão, mas de buscar soluções em conjunto. Outros políticos criticaram a Prefeitura, que tem afirmado que tem mais de 200 milhões de reais em caixa, mas, segundo eles, não usa esse dinheiro para investir na saúde.

CAMISA AMARELA

Maurício da Santa Casa, pré-candidato do PL, incorporou a camisa da Seleção Brasileira, ao melhor estilo das manifestações bolsonaristas, como seu uniforme de trabalho. Inclusive em posts institucionais das redes sociais da própria Santa Casa, além das suas pessoais, ele tem aparecido vestido assim. Maurício quer fazer uma identificação direta com os eleitores de Bolsonaro, que hoje se dividem entre a sua pré-candidatura e a de Guilherme Guimarães, apoiada por Humberto Souto, maior cabo eleitoral do ex-presidente em Montes Claros nas últimas eleições.

CAMISA AMARELA 2

Como demonstramos ontem na coluna, a Santa Casa recebe emendas parlamentares de políticos de todos os partidos, inclusive do PT. Ainda não se sabe como ficará esse relacionamento com a bancada de deputados e senadores a partir da tomada de posição de Maurício pela direita e extrema-direita, se o projeto político pessoal do superintendente trará algum impacto institucional, positivo ou negativo, para o hospital, sobretudo no tocante à captação de recursos. Conforme adiantou à coluna, Maurício da Santa Casa se desincompatibilizará da superintendência somente no dia 1º de junho.

MARCOS NEM

Apoiador declarado da pré-candidatura de Guilherme Guimarães (UNIÃO), o vereador Marcos Nem (PODEMOS) surpreendeu o mundo político ao nomear para o seu gabinete o irmão de Maurício da Santa Casa (PL), Carlos Frederico Sousa, que recentemente foi exonerado do cargo que tinha no arquivo da Câmara Municipal pelo presidente da Casa, Júnior Martins (PP). Vereador desde 1997, Marcos Nem é um dos mais habilidosos políticos do legislativo montes-clarense e com certeza não movimentou o xadrez à toa.

Pecê Almeida Júnior é jornalista e publicitário e fechou esta coluna às 14h48 de 06 de maio de 2024

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