Uma forte tempestade acompanhada de ventos intensos e granizo causou pânico entre os moradores da cidade de Mamonas, no Norte de Minas, na sexta-feira, 3 de janeiro. O temporal provocou estragos significativos, incluindo o destelhamento de casas e a morte de uma vaca atingida por um raio.
A situação contrastou com a realidade de estiagem que a cidade enfrentou em 2024, quando os 6 mil habitantes viveram meses de seca severa. Entre abril e novembro do ano passado, 16 comunidades rurais de Mamonas dependeram do abastecimento de água por caminhões-pipa para suprir as necessidades diárias.
Danos registrados
De acordo com moradores, o vendaval arrancou telhas de diversas residências, deixando famílias em situação de vulnerabilidade. A chuva de granizo danificou lavouras, enquanto ruas ficaram alagadas em várias partes da cidade. Um dos incidentes mais chocantes foi a morte de uma vaca em uma área rural, atingida por um raio durante a tempestade.
“Foi algo assustador. Nunca tinha visto uma chuva tão forte por aqui”, relatou Maria Aparecida, moradora do município. Ela conta que o vendaval pegou a população de surpresa, pois o período chuvoso costuma ser menos intenso na região.
Histórico de estiagem
No ano passado, a seca prolongada deixou as torneiras secas em Mamonas. Durante meses, moradores das comunidades rurais precisaram contar com o abastecimento por caminhões-pipa para obter água potável. “Agora, vivemos o oposto, com uma chuva destrutiva que trouxe muitos prejuízos”, disse José Alves, agricultor local.
Reação e apoio
As autoridades municipais já estão avaliando os danos e estudam a possibilidade de solicitar auxílio do governo estadual para atender às famílias atingidas. Além disso, a Defesa Civil está mobilizada para orientar os moradores sobre como lidar com situações semelhantes no futuro.
A tempestade também reacendeu o debate sobre a vulnerabilidade climática da região Norte de Minas, marcada por condições extremas que alternam entre secas prolongadas e eventos climáticos intensos.
