Região Sudeste chega a 11 GW de potência instalada em micro e minigeração de energia pelo próprio consumidor - Rede Gazeta de Comunicação

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Região Sudeste chega a 11 GW de potência instalada em micro e minigeração de energia pelo próprio consumidor

Solução tem evitado que famílias fiquem sem energia elétrica em possíveis apagões e tema será um dos debatidos durante o Congresso Brasileiro de Geração Distribuída no final de outubro

A micro e minigeração de energia elétrica com fontes renováveis tem alcançado números expressivos no Brasil. No país, o modelo, que permite que a geração ocorra próxima ou no próprio local de consumo, em vez de grandes centrais geradoras, já ultrapassou a marca de 33 GW de potência instalada, com quase 3 milhões de unidades consumidoras em operação, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

O Sudeste, por outro lado, com sua capacidade energética em ascensão, continua atraindo investimentos e inovações tecnológicas, consolidando-se como uma das regiões mais estratégicas para o crescimento da GD.

Ela, inclusive, é um dos destaques do último levantamento feito pela ANEEL, com um potencial instalado de 11 GW. O estado de São Paulo, lidera com 4,6 GW, seguido logo por Minas Gerais com 4,2 GW. Rio de Janeiro e Espírito Santo, com 1,2 GW e 845 kW, respectivamente, no entanto, continuam entre os que menos produzem,mas que estão em constante evolução, segundo a Agência.

Minas Gerais receberá Congresso Brasileiro de Geração Distribuída e Feira EXPOGD

Com os recentes apagões sofridos pela população brasileira e o potencial elevado da região Sudeste, a tecnologia tem se mostrado uma boa alternativa para garantir o bem de consumo e é justamente para aprofundar a discussão sobre as oportunidades de negócio e os desafios regulatórios que permeiam o setor, que o 9º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD 2024), maior evento do gênero na América Latina, acontecerá nos dias 30 e 31 de outubro no Expominas, em Belo Horizonte.

Promovido pelo Grupo FRG Mídias & Eventos, o congresso reunirá as principais empresas e especialistas da área para debater as tendências, avanços tecnológicos e estratégias de mercado que impulsionam a GD no Brasil.

Em Belo Horizonte, por exemplo, há mais de 12 mil unidades consumidoras conectadas à GD, somando uma potência de 116.194,17 kW, segundo a ANEEL. O setor residencial ainda é o principal aderente, especialmente com sistemas de energia solar. Assim, a escolha do estado mineiro para a realização do evento, se mostra bastante estratégica, a fim de consolidar ainda mais a produção limpa de energia na região.

De maneira simultânea, a 9ª EXPOGD 2024 também acontecerá durante os dias 30 e 31, segundo a organização. Ela receberá mais de 100 expositores voltados ao setor, sendo uma vitrine exclusiva, onde o público participante poderá ver de perto as tecnologias de GD desenvolvidas, bem como elucidar dúvidas e potencializar negócios de interesse.

O participante do CBGD, portanto, poderá ter a experiência duplicada ao obter conhecimento de alto nível entre os dois dias de evento, assim como visitar uma das maiores feiras do setor ao mesmo tempo.

GD em outros estados

Por fim, vale saber que o setor de energia renovável através da geração distribuída também encontra-se em plena expansão em outras regiões do país.

Segundo a ANEEL, a região Sul possui uma potência instalada de 7,5 GW gerada pelo próprio consumidor atualmente, assim como o Nordeste com 6,5 GW, o Centro-Oeste 5,5 GW e o Norte 2,4 GW.

Para Tiago Fraga, CEO do Grupo FRG Mídias & Eventos, esses números evidenciam a importância da Geração Distribuída para a sustentabilidade do setor energético no Brasil e proporcionam benefícios econômicos e ambientais.

“O CBGD e a EXPO GD entram na sua nona edição no ano de 2024 com um setor totalmente diferente, um setor mais maduro, um setor que conseguiu alcançar números expressivos e tenta se manter nessa pegada, nessa pegada forte de geração de negócio, de implantação de sistemas, aumento de potencial instalado, do número de conexões, é um setor que realmente vive um desafio muito grande para manter essa curva acentuada que se concretizou nesses últimos quatro anos” explica o especialista.

Fraga explica ainda que nesse meio tempo ocorreram mudanças jurídicas, algumas mudanças de lei que contribuíram para esse cenário de um setor expressivo, até mesmo uma centralização de oportunidades. Assim, ele acredita que os eventos terão um grande papel na disseminação de informação de qualidade.

“A gente acredita que o CBGD e a EXPO GD vão cumprir o seu papel em firmar e apresentar esse novo modelo, esse novo formato de setor de geração distribuída com fontes renováveis, onde as oportunidades não são apenas na micro e na mini geração, ou até mesmo na geração centralizada, mas sim hoje nós temos com a abertura do mercado livre grandes oportunidades, principalmente para os integradores e para outros agentes do setor elétrico, do setor da energia solar, temos também o armazenamento de energia que está vindo como uma grande oportunidade, os sistemas zero grid, sistemas isolados, tudo que o armazenamento de energia vai significar nessa nova etapa da forma de se produzir, de consumir energia” pontua Fraga.

“Então a gente tem convicção que o evento mais uma vez vai cumprir o seu papel e ajudar a escrever essa brilhante história da geração distribuída com fontes renováveis no Brasil e na América Latina” finaliza ele.