Os Hospitais Municipais de Januária e Espinosa se queixam da crise provocada pela falta de oxigênio. Por conta disso, Januária desativou quatro leitos ontem (11). Na cidade de Espinosa, o prefeito Milton Barbosa anunciou a dificuldade de comprar o produto. A situação é reforçada pelo médico Warley Cangussu, que denunciou a falta de transferir os pacientes, por causa da grande quantidade. No caso do oxigênio, ele explica que o produto está demorando a ser entregue. A situação surpreende, pois pela primeira vez é registrada a situação da falta de oxigênio no Norte de Minas.
No caso de Januária anunciou ontem a desativação de quatro leitos de UTI do Hospital Municipal, por falta de oxigênio e acionou a Gerencia Regional de Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde relatando a situação. A secretária de Saúde, Patrícia Ferreira Costa, explicou que manterá dez leitos para atender pacientes do Sistema Único de Saúde. A secretária informou que tentou comprar o produto inclusive na Bahia, mas sem sucesso. Ela explica que enviou ofício à Central de Regulação de Leitos oficializando a situação da contingência e disponibilizando os quatro leitos.
Os leitos de UTI de Januária foi uma solução encontrada na semana passada pelo Estado para aliviar a crise que atingiu todo Norte de Minas. Na reunião do Comitê Regional foi articulado o uso de cinco leitos em Januária e cinco em Brasília de Minas. O Hospital Municipal tem nove leitos clínicos Covid e três pessoas estão internadas. Januária tem 875 casos confirmados de coronavírus e 20 óbitos registrados. Segundo o último boletim epidemiológico, 31 pessoas testaram positivo para a doença na quarta-feira (10). A secretária de Saúde, Patrícia Ferreira Costa, ressalta que o município vive o momento mais preocupante. Por conta do aumento dos casos, o município criou, no dia 26 de fevereiro, um Comitê de Prevenção e Enfrentamento da Covid-19.
