NOVA EDIÇÃO DA OPERAÇÃO MATA ATLÂNTICA EM PÉ | Fiscalizações em Minas Gerais visam reduzir o desmatamento - Rede Gazeta de Comunicação

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NOVA EDIÇÃO DA OPERAÇÃO MATA ATLÂNTICA EM PÉ | Fiscalizações em Minas Gerais visam reduzir o desmatamento

A partir desta segunda-feira, 16 de setembro, Minas Gerais está engajada na mais ampla operação de combate ao desmatamento da Mata Atlântica já realizada no Brasil. A Operação Mata Atlântica em Pé, que conta com a coordenação nacional do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), será realizada simultaneamente em 17 estados e prosseguirá até 27 de setembro.

Em sua sétima edição, a operação visa coibir e punir o desmatamento ilegal do bioma Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ameaçados do país. Em Minas Gerais, a fiscalização é conduzida em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Militar Ambiental e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

Tecnologia e estratégia de fiscalização

As equipes de fiscalização utilizarão tecnologias avançadas para identificar áreas de desmatamento. Desde 2019, o projeto MapBiomas tem sido fundamental para o mapeamento de áreas desmatadas, utilizando imagens de satélite em alta resolução. A operação também incluirá visitas a campo para verificar e autuar as infrações identificadas.

Resultados e impactos

Em 2023, a operação resultou na identificação de 17.931 hectares de desmatamento ilegal, um aumento em relação aos 11.900 hectares registrados em 2022. Ao todo, 1.399 polígonos foram alvo de fiscalização, resultando na aplicação de aproximadamente R$ 82 milhões em sanções. No ano passado, Minas Gerais foi responsável por mais de R$ 9 milhões em autuações por crimes ambientais.

De acordo com dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, atualizados em maio deste ano, o bioma perdeu 14.697 hectares de vegetação nativa entre 2022 e 2023. Embora haja uma redução de 27% em relação ao período anterior, a taxa de desmatamento ainda é significativa, especialmente em áreas de transição e próximas a outros biomas, como o Cerrado e a Caatinga. Quatro estados – Piauí, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul – foram responsáveis por 90% do desmatamento.

Perspectivas e futuro

O promotor de justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Meio Ambiente do MPMG, destaca que a operação é uma iniciativa pioneira que utiliza inteligência e tecnologia para proteger o bioma. Alexandre Gaio, presidente da Abrampa, reforça a importância da operação na criação de uma cultura de fiscalização e na redução dos índices de desmatamento.

Ao final das ações, em 27 de setembro, serão apresentados os resultados da operação em uma transmissão online ao vivo, com detalhes sobre as áreas desmatadas e as infrações detectadas.