A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (14) uma coletiva de imprensa sobre uma operação de combate aos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro no contrabando de cigarros no Norte de Minas e Sul da Bahia.
As investigações começaram em dezembro de 2022 e revelaram que dois fornecedores de cargas de cigarros contrabandeados, um residente em São Paulo e um em Pratápolis (MG), e outras nove pessoas residentes nas cidades mineiras de Varzelândia, Janaúba e Lontra, atuavam na distribuição dos cigarros para o Norte de Minas e sul da Bahia.
A operação Kapnos cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, envolvendo nove pessoas físicas e três pessoas jurídicas. Durante a ação, dois homens foram presos. Um por posse ilegal de arma de fogo, em Pratápolis, e um por contrabando, em Varzelândia. Conforme o delegado-chefe da PF em Montes Claros, Gilvan Cleófilas Garcia de Paula, o segundo suspeito preso mantinha um depósito de grande quantidade de cigarros contrabandeados. No local, foram apreendidas cerca de 500 caixas do produto, com origem do Paraguai, o valor de R$ 30 mil, além de vários cheques e documentos que serão analisados. Três armas também foram apreendidas.
As investigações também mostraram que a organização movimentou cerca de R$ 4 milhões. “Essas pessoas jurídicas são empresas que não funcionam regularmente, apesar delas serem formalmente constituídas, eram utilizadas para movimentação desses recursos ilegais, oriundos do comércio ilegal de cigarros contrabandeados”, explicou.
Ainda conforme o delegado, uma pessoa que mora em Janaúba comprava os cigarros em Varzelândia e repassava para comerciantes no Sul da Bahia. “Através de informações recebidas na Delegacia da Polícia Federal, nós começamos as análises e identificamos que realmente existia esse núcleo de distribuição no Norte de Minas, e que os cigarros eram trazidos de São Paulo e da região de Divinópolis para Varzelândia e ali eram distribuídos para comerciantes que, por sua vez, distribuíam para o Sul da Bahia e também aqui na região. Algumas dessas pessoas que foram alvo da operação já tinham sido presos anteriormente pelo mesmo crime”, detalhou.
O delegado ainda falou sobre as consequências do comércio irregular desses materiais. “Esse cigarro contrabandeado, além de ser prejudicial a saúde, também traz sérios prejuízos para o estado brasileiro, porque deixam de ser recolhidos os impostos sobre esses materiais”.
O homem preso em Varzelândia foi encaminhado à Delegacia da PF em Montes Claros, junto com os cigarros apreendidos serão encaminhados para a Delegacia. Já o outro foi encaminhado para a Delegacia de Pratópolis. Eles irão responder por associação criminosa e lavagem de dinheiro.
