JULIANA VALENTIM
Jornalista e escritora, com vasta experiência também na área de comunicação corporativa
No painel, estrategicamente colocado, o anúncio da escola diz: “levamos o aluno do ensino médio ao concurso público”. Não haveria nada de errado nisso, se não faltassem dois ingredientes essenciais nesta comunicação, paixão e vocação. Ninguém fala mais nisso, acostumamo-nos a usar o tempo como um trem descarrilhado: sempre correndo, sempre devendo, sempre pensando nas tarefas de amanhã. E quando o amanhã chega, será que estamos realmente felizes?
É cada vez mais comum falarmos sobre as profissões do futuro, muitas delas ligadas à tecnologia. É o movimento natural do mundo, saudável, se não viesse acompanhado por motivações que não se sustentam no longo prazo. A profissão do futuro se escreve com letra R, bem maiúscula, de RESPEITO – respeito aos outros e, principalmente, a você mesmo.
Talvez, o anúncio da escola fosse mais interessante se dissesse: “levamos o aluno a encontrar a sua paixão e ser muito bem sucedido vivendo dela”. É uma utopia pensar que todos nós podemos viver de nossas vocações. Mas aqueles que têm escolha precisam tentar. Para que, devagarzinho, a gente vá equalizando as coisas, até que o universo das pessoas tristes no trabalho diminua.
O quanto antes a pessoa compreender o que quer (ou o que não quer), mais rápido acertará o caminho. O filósofo romano, Sêneca, que morreu no ano 65 d.C., não poderia ser mais atual: “quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável”. É claro que estamos falando da realidade brasileira, na qual é essencial ter os pés no chão, mas questionar é um dever.
Vivemos esperando a semana acabar. Sentados na cadeira da existência, aguardamos a morte chegar. Mas, entre nascer e morrer, deve haver muito mais. A gente precisa se levantar! Para Peter Druker, considerado o pai da administração moderna, “quando você vê um negócio bem-sucedido é porque alguém, algum dia, tomou uma decisão corajosa”.
É a paixão que nos move. É ela que nos faz acordar de manhã, caminhar até o fronte e lutar nossas batalhas. É ela, moinho do mundo, energia propulsora, a fagulha necessária da coragem. Nelson Gonçalves dizia que “sem paixão não dá nem pra chupar um picolé”.
E a profissão do futuro, meus caros jovens, é aquela que respeita quem você, de fato, é.
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