O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais no segundo trimestre de 2023 foi estimado em R$ 258,1 bilhões, valor que representa 9,7% de participação no PIB do Brasil para este mesmo período. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior (janeiro, fevereiro e março) na série com ajuste sazonal (conforme as estações do ano), o crescimento foi de 4,4%, conforme resultados apresentados nessa sexta-feira (15) pela Fundação João Pinheiro (FJP).
Segundo os pesquisadores da fundação, a alta pode ser explicada pelos excelentes resultados alcançados nas áreas de agricultura, pecuária e produção florestal (R$ 31,4 bilhões), indústrias (R$ 61,1 bilhões) e serviços (R$ 138,7 bilhões). A agropecuária, por exemplo, na mesma base de comparação, registrou alta de 11%. Já os chamados outros serviços cresceram 2,9% e a indústria de transformação, 1,5%. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, a expansão do PIB foi de 3%.
Detalhamento dos setores
A previsão de safra 23% maior para o café neste ano é o grande destaque dos bons resultados da agropecuária, além da projeção de aumento de 18% na segunda safra anual de feijão.
“A cada divulgação dos números do PIB de Minas Gerais, o setor agropecuário se destaca pela sua significativa contribuição para o crescimento da economia do nosso estado. A demanda por alimentos, a adoção de tecnologias, o empreendedorismo dos produtores e o apoio do Governo são os principais fatores responsáveis por esses resultados tão expressivos”, avalia o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes.
Na indústria de transformação, houve crescimento, em relação ao primeiro trimestre do ano, na produção de produtos de papel e celulose; de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis; na metalurgia; na fabricação de produtos de metal em geral; e de máquinas e equipamentos. Vale ressaltar, ainda, o incremento de 14,1% na geração de energia em Minas Gerais.
Já a indústria extrativa mineral, que tem um peso de 17,9% no valor agregado da indústria mineira, apresentou equilíbrio em relação aos três primeiros meses do ano. “No segundo trimestre, o Brasil teve crescimento de 1,8% e Minas Gerais manteve estabilidade”, explicou o pesquisador da FJP Thiago Almeida.
No comércio, os números favoráveis foram puxados pela expansão do volume de vendas de combustíveis, de hipermercados e de artigos farmacêuticos. Já nas atividades de transporte, o valor adicionado no segundo trimestre foi estimulado pelo aumento da produção física na agropecuária e nas indústrias de transformação.
Nos outros serviços (alojamento e alimentação, informação e comunicação, finanças e seguros, aluguel e atividades imobiliárias, atividades profissionais, científicas, técnicas e administrativas, educação e saúde mercantis, artes, cultura, lazer e outros serviços, e serviços domésticos), mais uma expansão foi indicada. “No segmento de outros serviços, a produção de serviços voltados para as famílias continuam tendo um bom desempenho, mesmo depois da recuperação do momento mais crítico da Covid-19, e isso está estimulando a produção das atividades turísticas. Também os serviços profissionais, técnico-científicos e administrativos, que têm maior valor agregado, tiveram um bom desempenho no segundo trimestre”, observou o coordenador de Contas Regionais da FJP, Raimundo de Sousa. (Agência Minas)
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