FLAM é aberto com polêmicas sobre fatos históricos do Norte de Minas - Rede Gazeta de Comunicação

FLAM é aberto com polêmicas sobre fatos históricos do Norte de Minas

O festival literário de autores montes-clarenses teve inicio na noite de terça-feira sob polêmicas, pois alguns dos livros publicados buscaram reconstruir a história do Norte de Minas. Uma das principais polêmicas é a do livro “As gargantas das Minas – ensaios da historia regional”, de Aparecido Cardoso, que contesta a condição de Matias Cardoso ser considerado o primeiro povoamento de Minas Gerais e ainda sobre o uso da palavra “catrumano” para identificar o Norte de minas, quando ele lembra que na verdade a palavra é pejorativa. Autor de quatro livros, Aparecido é contestado pelo antropólogo João Batista Costa. Joba, como é conhecido, discorda nova versão, ele entende que o autor teve acesso a documentos históricos, mas não entendeu o conteúdo dos mesmos.

O engenheiro Marcos Maia lançou um livro sobre “o motim do sertão”, de 1736, que tentou proclamar a Independência do Brasil da Coroa portuguesa. O engenheiro explica que pesquisou a fundo o assunto, quando constatou que coroa portuguesa decidiu cobrar impostos no sertão mineiro, onde sequer tinha controle do tamanho deste sertão, que era responsável por abastecer as minas onde ocorria a extração do ouro. Isso desagradou os sertanejos, que criaram o levante pela independência. Maia afirma que este é um fato histórico importante, que ajudou o Brasil a ter sua independência em 1.822. O vice-prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães fez a apresentação do livro.

Na mesma noite, o historiador Petrônio Braz lançou mais uma edição do livro “A saga de Antonio dó”, que foi considerado o “Robin Hoood” da época, ao ajudar os mais pobres. O livro agora será um filme. O jornalista Gustavo Mameluque fez a apresentação do livro. Na solenidade de abertura do FLAM, a pró-reitora da universidade estadual de montes claros, Ivana Ferrante, enfatizou a importância do evento, que consolida montes claros na área cultural e reúne duas academias de letras em torno do evento.

O FLAM prossegue ate sexta-feira e hoje, terá a oficina e uma palestra: “O Tempo Tece Memórias”, no Centro Cultural Hermes de Paula, às 17 horas; a oficina “Livro: inventar, editar e ler” será transmitida pelo Google Meet, às 17 horas. Na sexta-feira, no Centro Cultural, às 17 horas, será a vez de “Introdução à escrita de roteiros” e, no dia seguinte, também no Centro Cultural, às 15 horas, “Um segredo só é segredo se você contar para alguém”. A participação nas oficinas, que terão duração entre 1h e 2h30, é gratuita e dará direito a certificado. As atividades presenciais serão realizadas no Centro Cultural Hermes de Paula, enquanto que a parte online do evento acontecerá pelo YouTube e pelo Google Meet. (GA)

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