Montes Claros registra aumento de casos de pessoas com Aids - Rede Gazeta de Comunicação

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Montes Claros registra aumento de casos de pessoas com Aids

GIRLENO ALENCAR

Cresceu a quantidade de pessoas contaminadas com HIV em Montes Claros, segundo dados do ‘Dezembro Vermelho’, realizado nessa quinta-feira (1º), quando se comemorou o Dia Mundial de Combate à Aids, com uma blitz educativa organizada pelo Grupo de Apoio à Prevenção e aos Portadores de Aids (GRAPPA) e o Movimento LGBTQ+ dos Gerais (MGG),  que chama a atenção justamente para as desigualdades e o preconceito ainda existentes quando o assunto é o HIV/AIDS. A campanha também conta com o apoio do  Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital da Unimontes, que é referência no atendimento às Infecções Sexualmente Transmissíveis em Montes Claros e região.

Os dados analíticos por Classificação Internacional de Doenças (CID) do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HUCF (NUVEH) apontaram 69 novos casos de HIV em 2021, enquanto entre janeiro e outubro deste ano foram 65 novos casos. No mesmo período do ano passado, foram 62. Crescimento de 4,8% no mesmo período.

Com relação ao número de pacientes já notificados em 2021, o NUVEH apresentou 32 assistidos. Este ano, foram 33 até outubro. No total, entre pacientes já notificados e novos notificados, o HUCF registrou 101 no ano passado e 98 este ano. Neste mês de dezembro, o GRAPPA completa 30 anos de fundação com um histórico de mais de duas mil pessoas assistidas em todo o Norte de Minas. Embora o trabalho demonstre a qualidade na assistência, os números ainda preocupam. É o que revela levantamento feito pelo Grupo.

Até novembro deste ano, o GRAPPA registrou 22 novos casos de HIV/Aids. A prevalência é de indivíduos do sexo masculino (14) e 8 mulheres. Em todo o ano de 2021, o Grappa registrou 28 novos casos de HIV/Aids. Sendo 14 entre os homens e 13 entre as mulheres.

O MGG foi fundado há 18 anos com um histórico de defesa da liberdade da orientação sexual, da promoção da cidadania da população LGBTQ+ e dos Direitos Humanos. José Cândido de Souza Filho, popularmente conhecido como Candinho, ressalta a importância da parceria entre o MGG, o GRAPPA e o HUCF. “A parceria com essas instituições para as ações do ‘Dezembro Vermelho’ é muito importante na luta e combate às IST’s, pois estamos do mesmo lado, contra o preconceito e pela vida”, finalizou Candinho.

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Montes Claros, do total de casos notificados e confirmados em 2019: Foram (121), sendo 101 entre os homens (83%) e 20 novos casos entre as mulheres (17%). Por faixa etária, a contaminação se deu da seguinte forma: 15-19 anos (03); 20-34 anos (77); 35-49 anos (28); 50-64 anos (10) e 65-79 anos (03). Foram registradas 49 internações e 06 óbitos ocasionados pela AIDS. Em 2020 foram: 93 casos notificados e confirmados, sendo 77 entre homens (83%) e 16 entre as mulheres (17%). Por faixa etária, a contaminação se deu da seguinte forma: 15-19 anos (02); 20-34 anos (64); 35-49 anos (18); 50-64 anos (07) e 65-79 anos (02). Foram registrados 46 casos de internações e 02 óbitos.

No ano passado, foram notificados e confirmados 160 novos casos de HIV/AIDS, sendo 127 entre os homens (79%) e 33 entre as mulheres (21%). Por faixa etária, a contaminação se deu da seguinte forma: 15-19 anos (03); 20-34 anos (112); 35-49 anos (31); 50-64 anos (12) e 65-79 anos (02). Foram registrados 32 casos de internações e 05 óbitos. Este ano, até o dia 31 de outubro, foram notificados e confirmados 115 novos casos. Deste total, 98 do sexo masculino (85%) e 17 do sexo feminino (15%). Por faixa etária, a contaminação se deu da seguinte forma: 15-19 anos (04); 20-34 anos (74); 35-49 anos (27); 50-64 anos (10) e 65-79 anos (00). Foram registrados 33 casos de internações e 06 óbitos.

O Programa das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) definiu para o ano de 2022 o tema “Equidade já”, cujo objetivo é uma chamada para que a sociedade coloque em prática as ações efetivas necessárias para combater as desigualdades, e assim, ajudar acabar com a Aids. Ainda segundo a UNAIDS, as desigualdades que perpetuam a pandemia de Aids não são inevitáveis, mas, podem ser enfrentadas dando continuidade ao progresso para acabar com a doença.

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