Arcebispo lança livro com sua passagem em Montes Claros - Rede Gazeta de Comunicação

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Arcebispo lança livro com sua passagem em Montes Claros

GIRLENO ALENCAR

O arcebispo dom João Justino Medeiros, que é administrador apostólico da Arquidiocese de Montes Claros, lança hoje, às 20 horas, no Salão Paroquial da Catedral, o livro “DoaKonia da Palavra”, com os seus artigos da época que foi arcebispo de Montes Claros. Ele foi nomeado pelo Papa Francisco, no dia 9 de dezembro de 2021 como arcebispo de Goiânia e fará seu último ato em Montes Claros. Por sinal, a sua posse em Goiânia deverá ocorrer no dia 20 e como determina o Código de Direito Canônico que quando “a Sé Episcopal se torna vacante pela morte do bispo diocesano, pela renúncia aceita pelo Romano Pontífice, pela transferência e pela privação intimada ao bispo”, o Colégio de Consultores deverá se reunir, no prazo de oito dias, para eleger o Administrador diocesano (Cân 421, § 1) que governará a Arquidiocese até a posse do novo arcebispo (Cân. 430, § 1).

A Arquidiocese de Montes Claros está vacante desde o dia 9 de dezembro de 2021, quando o Papa Francisco nomeou dom João Justino para a missão de Arcebispo da Arquidiocese de Goiânia. No intervalo previsto entre a conclusão da missão em Montes Claros e a posse canônica em Goiânia, o arcebispo transferido atua com poderes de administrador diocesano. Após a posse como arcebispo em Goiânia, o Colégio de Consultores deverá se reunir, no prazo de oito dias, para eleger o administrador diocesano (Cân 421, § 1) que governará a Arquidiocese até a posse do novo arcebispo (Cân. 430, § 1). Diversos fiéis afirmam não se recordar de algum período de Sé Vacante na Arquidiocese de Montes Claros.

De fato, não houve vacância na transição de dom José Alves Trindade para dom Geraldo Majela de Castro (1988). Assim, também, não houve na transição de dom Geraldo Majela de Castro para Dom José Alberto Moura (2007) e nem desse para mim, em 2018, vez que já atuava como arcebispo coadjutor. No entanto, na história dos 111 anos da (Arqui)diocese de Montes Claros, houve três momentos de Sé Vacante. Recorrendo às documentações do Arquivo da Cúria Metropolitana encontram-se os detalhes de cada transição. Em 07 de abril de 1947, faleceu dom Aristides de Araújo Porto, 2º bispo diocesano.  Até a posse de dom Antônio de Almeida Morais Júnior como 3º bispo diocesano, em 31/01/1949, governou a então Diocese de Montes Claros o padre Osmar de Novaes Lima, chamado de vigário capitular, segundo o Direito da época.

Em 17 de novembro de 1951, dom Antônio de Almeida Morais Júnior foi transferido para a sede de Olinda e Recife. Mais uma vez foi eleito vigário capitular o mons. Osmar de Novaes Lima. Nomeado o 4º bispo diocesano de Montes Claros, dom Luís Victor Sartori tomou posse em 29/06/1952, e foi transferido para Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 10 de janeiro de 1956. Dessa vez foi eleito Vigário Capitular o Mons. Gustavo Ferreira de Sousa, que governou a diocese até a posse de dom José Alves Trindade, em 07/10/1956. De lá para cá não houve nenhuma outra fase de vacância em Montes Claros. Importante perceber que no Código de 1983 chama-se de Administrador diocesano aquele que no Código de 1917 chamava-se Vigário Capitular.

O arcebispo dom João Justino afirma que “conhecer essa história contribui para a compreensão dos processos que marcam a vida da Igreja em Montes Claros. O tempo presente, de expectativa para a nomeação do novo arcebispo, deve ser pautado pelo sentido da comunhão eclesial e de orações para que o Santo Padre, ouvindo o discernimento da Igreja, escolha e nomeie o nono bispo e quarto arcebispo de Montes Claros. Pode-se afirmar que neste intervalo de Sé Vacante não há vazio de perspectivas da ação eclesial, pois, legitimamente, se finalizou, em setembro de 2021, a IV Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, que definiu as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Montes Claros para o quadriênio 2021-2024. O empenho pastoral de todas as comunidades e de todos os agentes pastorais – padres, religiosos(as) e leigos(as) – será de grande importância para manter o ritmo evangelizador de uma Igreja que investiu tempo, trabalho e recursos para definir as novas diretrizes. O Espírito de Deus inspire a Igreja na escolha do novo arcebispo. A Arquidiocese de Montes Claros, qual porção do Povo de Deus, abra seu coração para acolher aquele que, nomeado, virá em nome do Senhor”.

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