A água não vai acabar, mas precisa ser melhor gerenciada (parte 2) - Rede Gazeta de Comunicação

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A água não vai acabar, mas precisa ser melhor gerenciada (parte 2)

SAMUEL GIORDANO

Professor e Pesquisador Sênior do PENSA-Centro de Conhecimentos em Agronegócios da FIA-USP e Membro do Conselho Técnico do Fórum do Futuro

Portanto, o que muda é o estado da água (sólida, líquida ou vapor) e a sua distribuição.

Aonde estão esses 1,4 bilhão de km³ de água? 97,5% desse total de água presente na terra é constituída de água salgada nos oceanos e mares. Apenas 2,5% é de água doce. A situação de disponibilidade da água doce é agravada pelo fato de que, desses 2,5% existentes, 68,9% estão nas calotas polares e geleiras. Sobram então 30,8% de águas subterrâneas e 0,3% de água superficial nos rios, lagos e na atmosfera.  As figuras a seguir refletem os percentuais graficamente.

Os três problemas na questão água são:

A poluição das águas, principalmente nas áreas urbanas causa escassez de disponibilidade de água limpa para o homem.

Muitas vezes o uso irracional das águas, a apropriação indevida do recurso natural por poucas pessoas, a falta de gerenciamento adequado de bacias hidrográficas, causam a escassez para muitas populações, especialmente as menos favorecidas.

Tal qual a distribuição de renda no Brasil, a distribuição das águas é também pouco democrática e desigual causando toda a sorte de problemas, doenças e ausência de renda. O Brasil é um país aquinhoado com a maior quantidade de água do planeta em suas bacias hidrográficas, porém tem uma taxa de irrigação de apenas 5,6% de suas áreas cultivadas enquanto que o sudeste da Ásia irriga cerca de 42% de suas áreas cultivadas. Gerenciar bem as águas e distribuí-las equanimemente, pode ser um caminhjo para gerar emprego, renda e dignidade no campo , principalmente nas regiões de escassez de água.

O ataque a esses problemas pode ajudar o Brasil a sair da inercia e da desigualdade em que se encontra.

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