GIRLENO ALENCAR

O deputado Zé Reis, do Podemos, esteve no domingo (26) no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, localizado nos municípios de Januária e Itacarambi, quando reforçou a campanha em prol do reconhecimento do local como Patrimônio Natural da Humanidade, pela Unesco. Ele anunciou que junto com o deputado federal Marcelo Aro está articulando junto ao Governo Federal e a Unesco a retomada desse projeto. Dentro dessa articulação, está a destinação de verbas para ser elaborado o dossiê a ser apresentado a Unesco, responsável na ONU pelo reconhecimento. Zé Reis esteve no Parque Nacional e salientou que sem duvidas, é uma das sete maravilhas do mundo. Nesse contexto, ele destaca que o Peruaçu tem a maior estalitite do mundo, com 28 metros de cumprimento e oficializada no Guiness Book.

O parlamentar frisa que o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é indescritível e nenhuma palavra consegue dar o significado do local, que se constituem numa obra celestial e com potencial turístico de grande porte. O local tem recebido pesquisadores de vários países, por causa da riqueza do seu acervo, que se constitui em atelier a céu aberto. “Junto com o deputado Marcelo Aro retomaremos a luta pelo reconhecimento do local. Isso é uma dádiva divina que precisa ser mostrada ao mundo. Temos apoio do governador Romeu Zema nessa campanha”, destaca o deputado.

O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é uma Unidade de conservação criada em 1999 que tem como principal objetivo proteger este valioso patrimônio geológico e arqueológico existente nesta região. Com uma área de 56.448,32 hectares, está localizado a aproximadamente 45 km do município de Januária e 15 km de Itacarambi, no Norte de Minas. Com acessos fáceis, estradas pavimentadas e em boas condições é possível chegar até a sua sede. Abriga mais de 140 cavernas, mais de 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres, além da tribo indígena dos Xakriabás. Foi criado em 1999; e está no Vale do Peruaçu, região com evidências humanas que datam há 11 mil anos. Também é deste período, o registro de pinturas nas grutas e cavernas locais.

A origem data de milhões de anos, ainda quando parte do Brasil estava submersa pelas águas de um mar interior e que com a elevação do nível da Terra fez secar esta água. Este processo deixou inteiros grandes maciços de calcário que hoje abrigam milhares de cavernas espalhadas pelo Brasil. O Rio Peruaçu, um dos afluentes do Rio São Francisco, teve seu curso natural fechado por um desses maciços e com o tempo a ação erosiva das águas foi esculpindo o calcário, em busca de uma saída. A ação do tempo resultou num conjunto de cavernas, muitas ainda virgens, que tem atraído espeleólogos em busca de grutas ainda não catalogadas. A visitação pública deve ser feita com muito cuidado para não danificar os espeleotemas que levaram milhões de anos para se formarem.