VINÍCIOS SANTOS
Muito se diz sobre a necessidade de os candidatos em participarem dos debates. Mas é tão necessário assim? Qual a utilidade desses momentos? Duas coisas precisam ser colocadas, já de início, em meu comentário. A primeira é que eu refiro-me exclusivamente aos candidatos à presidência da República. E a segunda é que eu, particularmente, gosto muito das discussões. Os candidatos já estiveram em emissoras, podcasts, discursam o tempo todo, e, para mim, ficam cada vez mais claros detalhes importantes. Mas mantenho a minha pergunta, e a considero extremamente pertinente: você mudaria o seu voto após os debates?
A questão é que, se a sua resposta for não, se já sentar em frente à cadeira convicto(a) de que não mudará de opinião, para quê dedicar horas tão sagradas de seu tempo a isto? Eu duvido muito que seja pelo mero entretenimento, afinal, existem outros programas, filmes, jogos e inúmeras outras opções para que você possa assistir só para passar o tempo. E, também não acho que seja com o intuito de gerar argumentos para obter vantagem em discussões com conhecidos os quais votam diferente de você, afinal, você que não cogita mudar seu pensamento, não seria tão ingênuo(a) de achar que fará os outros fazerem aquilo que você não fará: mudar de opinião.
Então, para quê os debates? Para os candidatos(as) se ofenderem, trocarem farpas e levantarem incontáveis notícias falsas em rede nacional? Não me parece muito interessante.
A política deveria estar centrada na verdade, na honestidade de todas as partes envolvidas e no campo das ideias, onde, a partir dos debates – que fossem justos – os brasileiros decidissem com segurança em quem vão votar.
Ser eleitor é tarefa árdua, que não pode ser embasada em simplesmente acreditar no quê é dito. É preciso pesquisa, observação e deixar as paixões de lado. É preciso se perguntar: “o meu candidato pode realmente dar um bom rumo para o nosso país? Eu tenho certeza disso?”. E é para isso que deveriam servir os debates e todas as demais oportunidades que se tenha de avaliar o seu escolhido.
Como não é assim, eu reitero, escolha assistir a um bom filme. É uma melhor opção. E, por não ter se dedicado à missão de um bom eleitor, não reclame quando qualquer um dos candidatos vencer as eleições. Quatro anos se passam rapidinho, não é verdade?
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