Vigilância alerta para possível aumento de casos de dengue, chikungunya e zika vírus - Rede Gazeta de Comunicação
Vigilância alerta para possível aumento de casos de dengue, chikungunya e zika vírus

GIRLENO ALENCAR

A Vigilância Epidemiológica alerta que há previsão de que em 2022 poderá haver o aumento das notificações de dengue, Febre Chikungunya e do Zika vírus no Norte de Minas. O assunto foi discutido ontem em encontro das secretarias municipais de saúde e a Superintendência Regional de Saude, quando ficou decidido que devem se intensificar as ações de prevenção e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti. O primeiro dia de encontro iniciou ontem, envolvendo profissionais de saúde de municípios da microrregião de Montes Claros. Até sexta-feira (5), agentes de controle de endemias e coordenadores de vigilância epidemiológica e de saúde farão avaliação das estratégias para o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor de arboviroses, incluindo a febre amarela.

Na abertura do encontro o coordenador de vigilância epidemiológica da SRS, Valdemar Rodrigues dos Anjos ressaltou a importância dos municípios na elaboração dos planos de contingência para o enfrentamento do Aedes aegypti entre dezembro deste ano a maio de 2022, levando-se em conta a intensificação do período de chuvas.  “As notificações das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é de fundamental importância para orientar as ações a serem implementadas pelos municípios, bem como pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), visando conter o avanço da dengue e das demais doenças transmitidas pelo Aedes. Assim como aconteceu nos anos de 2010, 2013, 2016 e 2019 a previsão é de que em 2022 teremos novo período sazonal de aumento dos casos notificados de arboviroses e os serviços de saúde precisam estar preparados para atender as demandas da população”, alertou o coordenador.

A referência técnica da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, Cássia Nely Morais reforçou a importância da articulação dos serviços de saúde dos municípios para conter a proliferação do Aedes aegypti, levando em conta que isso acontece em virtude do acúmulo de água que acaba servindo para a proliferação de mosquitos.

Ao apresentar o cenário epidemiológico das arboviroses, Cássia Nely destacou que entre 2019 e 2020 o Norte de Minas teve 74.921 casos prováveis de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Já no período de 2020/2021 os casos caíram para 28.318 notificações, com o registro de quatro óbitos confirmados por dengue e um causado pela Febre Chikungunya.

O primeiro dia do encontro que está sendo realizado no auditório do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene – (Cimams), em Montes Claros, contou com a participação da médica, Carolina Lamac que ministrou palestra sobre os aspectos mais importantes que os profissionais de saúde devem observar com relação à dengue, febre Chikungunya, Zika vírus e a febre amarela. A elaboração ou atualização dos planos de contingência para enfrentamento das arboviroses; a instalação dos comitês municipais; a mobilização e educação em saúde; segurança e higiene no trabalho; a atuação integrada dos serviços de vigilância em saúde com a atenção primária no atendimento das demandas da população em relação às arboviroses também foram temas abordados no primeiro dia do encontro.

Hoje (4), as referências técnicas da Superintendência Regional de Saúde, Ronildo Barbosa e Ildenir Meireles vão falar sobre o reconhecimento geográfico dos municípios nas ações de controle das arboviroses; a realização dos levantamentos dos índices de amostragem de focos do Aedes aegypti; controle vetorial e supervisão das ações realizadas. Sexta-feira, 6, o encontro será encerrado com a realização de treinamento prático para agentes de controle de endemias na utilização dos equipamentos de Ultra Baixo Volume – (UBV) para eliminação de focos do Aedes aegypti em áreas abertas e do aerosystem que é utilizado para aplicação de inseticida piretróide no interior de domicílios. O equipamento possibilita maior segurança tanto para os profissionais de saúde como, também, para as pessoas que utilizam os imóveis nos quais são identificados a existência de focos do Aedes.

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