VALDEMAR SOARES

O vereador, Aldair Fagundes, que, de certa forma, também faz parte da Bancada Ruralista, disse que é um dos grandes defensores do Projeto de Lei 4516 que institui o programa Horta na Escola. Lembra que não é novo, mas ainda não foi implantado com sucessos na nossa região e nem nas escolas da zona rural e que espera que, quando voltarem as aulas de forma presencial, seja colocado em prática esse importante projeto.

Segundo o parlamentar, a escola deverá apresentar projeto pedagógico que contemple a utilização de hortas como recurso para o ensino de diferentes conteúdos do currículo. Fagundes lembra que os sistemas de ensino que aderirem ao programa terão prioridade no recebimento de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

O parlamentar disse que a proposta é de autoria do deputado Homero Pereira (PSD) que argumenta que, por meio da horta, os professores podem mostrar, na prática, e de forma interdisciplinar, matérias como ecologia, biologia, meio ambiente e o bom aproveitamento hídrico. Ainda de acordo com o vereador, dentre os benefícios pedagógicos da horta, destacam-se alguns, como tornar mais concretos aspectos como uso e conservação do solo, erosão, assoreamento, adubação e agrotóxicos, assim como a compreensão do processo de fotossíntese.  Aldair acredita ainda que o trabalho poderá despertar o interesse dos alunos para atividades ligadas à pesquisa na área de ecologia como ciclos da matéria, fluxo de energia, crescimento e regulação populacional.

O vereador defende também que, além de melhorar os aspectos pedagógicos, a horta ajuda “na aquisição de hábitos saudáveis de alimentação, através do despertar da curiosidade e do prazer de produzir e consumir alimentos frescos”.

Ao concluir ele disse que a proposta foi aprovada por todas as Comissões responsáveis e já está pronto para ir ao plenário. “É um projeto prático que ajudará o jovem que vive e trabalha no campo a ter experiência prática que pode ajudar no futuro. Pois são disciplinas como essa que precisam ser ministradas para quem vive no campo, pois o aluno poderá trabalhar com um produto que ele conhece e vive no seu dia a dia que é a terra e o que ela produz”, disse.