Venezuelanos saem de Moc e são presos em Sete Lagoas - Rede Gazeta de Comunicação

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Venezuelanos saem de Moc e são presos em Sete Lagoas

GIRLENO ALENCAR

Aproximadamente 80 indígenas da etnia Warao, da Venezuela, que estavam em Montes Claros, foram embora da cidade e passaram a residir em Belo Horizonte, mas tiveram um contratempo: na parada em Sete Lagoas, foram presos, por colocarem as crianças nas ruas para pedir ajuda. O Conselho Tutelar de Sete Lagoas atuou e fez a prisão dos adultos. Depois dessa situação, os indígenas foram para Ribeirão das Neves e Belo Horizonte. Apenas 30 venezuelanos continuam em Montes Claros e desocuparem a Casa da Juventude São Luiz Gonzaga, no Cintra e alugaram uma nova casa no bairro Jardim Alvorada, nas imediações do Presídio Alvorada.

A situação dos venezuelanos preocupa o Centro de Referência em Direitos Humanos do Norte de Minas, pois segundo a advogada, a prisão em Sete Lagoas deixa transparecer ser arbitrária. Ela alega que as famílias venezuelanas decidiram sair de Montes Claros em busca de melhores condições de vida, pois foram bem acolhidos em Belo Horizonte. Desde quando chegaram a Montes Claros, em outubro de 2020, que os venezuelanos viraram alvo de polêmica. A primeira foi com a Prefeitura, que é acusada de negar a assistência a eles. Depois a rejeição dos moradores, pois tanto no bairro Major Prates como Cintra os mais de 100 venezuelanos causavam inquietação.

Aliado a isso, a Prefeitura de Montes Claros entrou com ação na Justiça Federal para obrigar a União e o Estado a participarem da assistência aos indígenas venezuelanos, inicialmente com o assentamento deles na antiga área da Fazendinha do Menor, na zona sul da cidade. Depois com o custeio deles. O Conselho Municipal de Assistência Social deliberou pela ajuda do município aos venezuelanos, mas condicionou a não levar as crianças para pedir esmolas nas ruas. Eles passaram a atuar na cidade de Bocaiuva. O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Aurindo Ribeiro alega que a Prefeitura não repassou o dinheiro aos venezuelanos, mas passou a suprir as demandas delas, com alimentação e outros itens.