Aumento do volume vendido foi registrado em comparação ao ano anterior, segundo o indicador ABRAINC-FIPE divulgado em agosto
As vendas de imóveis tiveram alta de 45,3% na comparação interanual, que considera o período de 12 meses encerrado no último mês de maio, conforme o indicador ABRAINC-FIPE divulgado neste mês de agosto. Foram comercializadas 183.228 unidades em todo o país entre maio de 2023 e maio de 2024, e, de acordo com os dados, a soma das unidades vendidas entre janeiro e maio de 2024 representou um volume 28,9% superior ao do mesmo período de 2023.
As unidades do Minha Casa Minha Vida conquistaram aumento significativo de 59,7% no volume de imóveis comercializados e de 65,6% no valor total de vendas ao longo dos doze meses. Também na comparação interanual, cresceram os lançamentos de novos imóveis: o índice aponta que, entre janeiro e maio de 2024, houve um aumento de 30,3% no volume, acumulando uma alta de 12,8% na comparação dos doze meses
Ainda de acordo com o ABRAINC-FIPE, o segmento de médio e alto padrão teve aumento de 13,0% no volume de unidades comercializadas na comparação interanual, bem como um crescimento de 32,6% no valor de vendas.
Já o índice FipeZAP divulgado em agosto mostra que, com base no comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 56 cidades brasileiras, houve um aumento de 0,76% em julho/2024. O resultado representou uma aceleração do índice em relação em junho (+0,61%) e também a maior variação mensal do índice desde janeiro/2014 (+0,77%).
Perspectivas para o mercado imobiliário no atual cenário econômico
Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, professor da FEA-USP e co-fundador da DataZAP, em palestra realizada no SOMA, maior evento do mercado imobiliário brasileiro voltado à representatividade feminina no segmento, realizado pelo Instituto Mulheres do Imobiliário, mostrou que o segmento ainda tem um grande potencial a ser explorado.
“No pós pandemia, houve um aquecimento muito grande do setor, batemos todos os recordes. Isso teve um impacto nos preços, e a perda de força da derrubada da taxa de juros produziu e deve continuar produzindo uma certa desaceleração no ritmo do mercado. Mas, quando olhamos para questões estruturais, o quanto crescemos, onde chegamos e o que há de oportunidade pela frente, seja macro, comparando nossos números com outros países, seja micro por ajustes comportamentais e fluxos migratórios de diversas regiões do Brasil, não faltarão oportunidades. Sempre acreditei e continuo acreditando muito no sucesso do setor imobiliário brasileiro”, destacou.
Dados da Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI) mostram que, no último mês de maio, foram comercializadas 7.630 novas unidades residenciais na capital paulista. Com isso, o acumulado de 12 meses chegou a 85,6 mil unidades. O VGV na cidade totalizou R$3,5 bilhões no mês e atingiu R$ 48,4 bilhões em 12 meses.
Elisa Rosenthal, Diretora Presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário, também fala sobre este avanço no setor. “Iniciativas como a revisão do plano diretor, a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida e a expectativa da diminuição da taxa de juros são fatores que projetam o crescimento exponencial do setor imobiliário brasileiro, um dos principais segmentos para a economia do país”.
“Crescemos muito em financiamento imobiliário nos últimos 10 anos, e essa é uma transformação muito expressiva no mercado. Mesmo com as dificuldades em derrubar taxas de juros, mesmo com outras dificuldades econômicas que temos no Brasil, há um espaço gigante para o mercado imobiliário continuar evoluindo”, concluiu Danilo Igliori.
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