Universidades federais marcam greve para hoje - Rede Gazeta de Comunicação

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Universidades federais marcam greve para hoje

Na quinta-feira (11), professores da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG aprovaram adesão à greve que está marcada para a próxima segunda-feira (15). Foram 228 votos à favor contra 140. Eles reforçam os servidores administrativos da UFMG que já estão há cerca de um mês em paralisação.

Ao todo, professores de 17 universidades e dois institutos federais estão apoiando a greve. Segundos os profissionais, o objetivo da greve é reivindicar o reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais àqueles concedidos ao Legislativo e Judiciário, ainda nesse ano de 2024.

Os servidores técnico-administrativos de pelo menos 30 institutos federais já estão em greve há cerca de um mês. Até o momento, são pelo menos dois institutos federais e uma universidade em greve. Além disso, há também sete universidades em estado de greve, ou seja, podem entrar em greve a qualquer instante.

Os professores de instituições federais pedem que o reajuste salarial seja de 22%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em maio de 2024, 2025 e 2026. Já os servidores técnico-administrativos pedem por um reajuste maior, de 34%, também dividido em três parcelas em 2024, 2025 e 2026.

Segundo o sindicato da categoria, os porcentuais correspondem às perdas salariais desde o governo do ex-presidente Michel Temer, em 2016, até dezembro de 2023, acrescidas das projeções inflacionárias de 2024 e 2025.

A proposta do governo é de que não haja reajuste salarial em 2024, mas há como contraproposta o aumento de benefícios e auxílios pagos aos funcionários públicos, sendo o principal deles o auxílio-alimentação com 52% de aumento, de R$ 658 para R$ 1.000.

Os valores do auxílio-creche e do auxílio-saúde seriam reajustados também, conforme proposta do governo, em 51% para todos os servidores públicos federais ativos.

“Apenas o aumento do auxílio-alimentação resultaria em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos – que são os que ganham até R$ 9 mil mensais”, afirma o Ministério de Gestão e Inovação.

O governo chegou a propor dois reajustes salariais de 4,5%, um em 2025 e outro em 2026, “que somados aos 9% já concedidos (no ano passado), representariam recomposição salarial de 19%, o que ficaria acima da inflação projetada para o período”, segundo informou a pasta.

A oferta dos dois reajustes de 4,5% para os próximos anos foi rejeitada pelo sindicato, que deseja a recomposição salarial ainda neste ano.