Unimontes integra programa para a retomada do plantio de algodão no NM - Rede Gazeta de Comunicação
Unimontes integra programa para a retomada do plantio de algodão no NM

GIRLENO ALENCAR

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) passa a integrar um programa específico para a retomada do plantio de algodão no Norte de Minas, cultura que foi um dos pilares do agronegócio regional nas décadas de 1980 e 1990. Com 128 mil hectares plantados. Uma das ações importantes ocorreu durante a visita da secretária de estado de Agricultura, Ana Valentini, ao Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Algodoeiras (Cedetac), no município de Catuti, que receberá uma usina de beneficiamento de algodão.

Pela universidade, uma comitiva formada por professores e acadêmicos esteve com a secretária, acompanhada pelo reitor, Antonio Alvimar Souza, e pelo chefe do Departamento de Ciências Agrárias, professor Mauro Koji Kobayashi. “A Unimontes pode e precisa dar respostas para os anseios da sociedade”, destacou o reitor, ao reafirmar o papel da pesquisa acadêmica na transformação da realidade regional. A  participação da Unimontes está associada à expertise científica sobre a cultura, uma vez que desde 2008, os professores e pesquisadores do campus janaúba realizam uma série de estudos sobre as cultivares de algodão mais apropriadas para o plantio em consonância com as características da região. Paralelamente, há pesquisas sobre o uso racional da água no manejo da cotonicultura.

O trabalho mais recente neste sentido é coordenado pelo professor doutor Silvânio Rodrigues dos Santos, na Fazenda Experimental da Unimontes, também em Janaúba, que analisa a irrigação com lâmina d’água reduzida em cultivares e o monitoramento da qualidade do algodoeiro a partir de imagens aéreas. A Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA), a Cooperativa dos Produtores Rurais de Catuti (Coopercat) e a Epamig) são parceiras na pesquisa. O professor Silvânio Rodrigues explica que, diante da baixa disponibilidade de recursos hídricos na região norte-mineira, a pesquisa consiste em definir a reposição mínima de água que, ao mesmo tempo, viabilize o melhor rendimento econômico da cultura e a manutenção da qualidade da fibra do algodoeiro.

Também como objetivo está na identificação do material genético mais indicado para o cultivo irrigado – e com menor demanda de água –, além da validação da rotina computacional que faz a mensuração dos atributos biométricos de plantas, o que interfere sobre como deve ser o trato cultural da lavoura. O projeto conta, também, com os professores doutores Abner José de Carvalho, Clarice Diniz Alvarenga Corsato, Ignacio Aspiazú, Marcos Koiti Kondo, Victor Martins Maia e Willer Fagundes de Oliveira, além da pesquisadora da Epamig, Polyanna Mara de Oliveira e os mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal no Semiárido (PPGPVS) do campus Janaúba, Bruno Soares de Souza e Lucas Jesus Leal Pimenta. “Esta pesquisa beneficiará, principalmente, pequenos produtores rurais, que passam a contar com a ciência para aumentar a produção e, consequentemente, a renda”, finalizou o reitor Antonio Alvimar.

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