Uma iniciativa inédita adotada no mundo acadêmico do Norte de Minas gerou repercussão nacional: o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Montes Claros abriu vaga para um transexual participar do Mestrado e isso levou a Aliança Nacional LGBTI a manifestar apoio a iniciativa. A cientista social Letícia Ferreira Imperatriz, coordenadora regional da entidade, salienta que isso representa uma grande conquista para a área. Ele divulgou nota publica de agradecimento pela iniciativa.
A professora Claudia Maia, do Programa de Pós-Graduação em História explica que todos os anos sempre era oferecidas 15 vagas para o mestrado, com todos participando no formato universal. Porém, esse ano, foi destinado 10 vagas para o sistema universal, quatro para professores de ensino básico de escola pública, quatro para negros de escolas públicas e três vagas supranuméricas, para trans, deficientes e indigenas/quilombolas. Ela acredita que quebrando esse tabu, todos editais da Unimontes passarão a oferecer vagas para os transexuais.
Na nota divulgada, a Aliança Nacional LGBTI+, organização da sociedade civil salienta que a inclusão em seu mais recente Edital do Processo Seletivo 2021 de vaga supranumérica destinada a pessoa trans. No que tange às várias lutas por conquista e garantia de direitos pelas pessoas trans e LGBTQ+, este fato, apresenta-se enquanto um avanço importante na história de Montes Claros e da região. “Possibilitar a participação e o ingresso de pessoas trans, indígenas, quilombolas e deficientes em processos de seleção para a especialização stricto sensu é reconhecer e respeitar as especificidades de cada realidade destas populações, considerando suas trajetórias nos processos educacionais. Destaca que também é contribuir, de forma efetiva, pela existência da diversidade e pluralidade de nossa região”. (Girleno Alencar)
