É preciso reconhecer que a candidatura do deputado Arthur Lira à presidência da Câmara, apoiada por Jair Bolsonaro, provocou um aspecto positivo digno de louvor: o apoio do PT à candidatura de Baleia Rossi (foto). O partido demonstra maturidade política ao não teimar em candidatura própria, o que favoreceria Lira e o governo. É dessa união que a Nação precisa para fazer frente a Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. Tomara que esse tipo de política comece a ser praticada com maior frequência e não seja apenas um fato isolado.
Regalias que aguardam o novo presidente da Câmara dos Deputados
Não é só muito trabalho que aguarda o próximo presidente da Câmara, a ser eleito em 1º de fevereiro. Como terceira mais alta autoridade do país, além de muito poder, terá também direito a muitas regalias. Além do salário de deputado federal, que não é nada desprezível, terá direito a mais R$33,7 mil como presidente da Câmara, a uma mansão de 800 metros quadrados com despesas pagas, carro oficial com dois motoristas, direito de contratar jatos privados ou usar de graça jatinhos da FAB em viagens a trabalho. Terá ainda R$ 42 milhões por ano para contratar até 47 funcionários, além dos 25 assessores do seu gabinete parlamentar. Pelo menos é do vem desfrutando o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia.
Moro de olho na Coronavac
O ex-ministro Sérgio Moro diz que não quer saber de política, mas não perde uma oportunidade para entrar nos assuntos em pauta, como é o caso da apresentação, ontem dos resultados da Coronavac. Moro usou a sua rede social para dizer que é “de se comemorar os resultados dos testes da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e congratular o Governo de São Paulo pela iniciativa e pelo senso de urgência. De se esperar a atenção dos outros órgãos para que a vacinação possa ser iniciada o quanto antes”.
Despesas públicas fora de controle
Estudo mostra que no período entre 2010 e 2019, que antecede a pandemia, o aumento dos gastos passou de 38,4% para 42,7% do PIB. Assim, fica cada vez mais evidente que o descontrole nos gastos públicos antecede à Covid-19. Não adianta o governo tentar tapar o sol com a peneira, ao dizer que não pode fazer nada porque o país está quebrado. Se está realmente, sua contribuição foi imensa.
Crise fiscal está rondando
Com o Tesouro apresentando enorme dificuldade de equacionar suas obrigações financeiras em 2021, já se apresenta como inevitável o rápido aumento do estoque da dívida pública federal. Se combinarmos com o encurtamento dos prazos, é preocupante a trajetória dos vencimentos dos títulos no correr do ano. Até abril, o Governo terá que rolar em torno de R$ 679 bilhões contra R$ 354,5 bilhões em igual período de 2020. Isso por si só é uma alerta mais do que suficiente para que nossos legisladores avancem, com responsabilidade, nas reformas fiscal e tributária estruturantes, para que não caiamos no efeito Orloff. Depois de anos de “descolamento”, o maior temor que cerca a nossa economia é o de que a Argentina tenha voltado aser o “Brasil amanhã”.
Roendo os cotovelos
Após o anúncio da eficácia da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, a deputada federal Joice Hasselmann aproveitou para destilar seu veneno contra o ex-aliado. Ela postou em sua rede social que “um passarinho palaciano me contou que Jair Bolsonaro está roendo os cotovelos de raiva e que teve um “piti” padrão Dilma, durante coletiva de João Doria e do Butantan. Está incontrolável tentando criar uma narrativa, daquelas bem imbecis de sempre, para descredibilizar a vacina”.
VALDEMAR SOARES
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)