A Universidade Federal de Minas Gerais anunciou que estará monitorando o quadro epidemiológico de Montes Claros para definir sobre o retorno das atividades no Instituto de Ciências Agrárias, sediado na cidade, conforme posição tomada no dia 26 de março. A UFMG decidiu permanecer na etapa zero doPlano para o retorno presencial de atividades não adaptáveis ao modo remoto, seguindo recomendação do Comitê Permanente de Enfrentamento do Novo Coronavírus endossada pela Comissão de Acompanhamento do Conselho Universitário. Assim, todas as atividades presenciais, exceto as consideradas essenciais e as de manutenção da Instituição, continuam suspensas. A decisão de retroceder ao estágio zero do plano de retorno foi tomada no 12 de março em razão do recrudescimento da pandemia de Covid-19.
No dia 26, em nota à comunidade universitária, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida e o vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira justificaram a permanência na fase inicial. “Passado esse período, constatamos, consternados e angustiados, que o quadro epidemiológico se agravou, tendo o sistema de saúde chegado à exaustão, fato que reforça a necessidade de aprofundamento das medidas de distanciamento social”, afirmam os dirigentes. Eles lamentaram as mais de 300 mil vidas perdidas durante a pandemia e destacaram que a “a UFMG segue enlutada pelos membros da comunidade universitária que nos deixaram de forma tão abrupta”.
No comunicado, os dirigentes informam que a UFMG continuará monitorando rigorosamente o cenário epidemiológico de Belo Horizonte e Montes Claros nas próximas duas semanas, recomendam que as medidas de proteção – uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social – sejam respeitadas e reafirmam o compromisso “em proteger vidas e colaborar com o esforço coletivo pela saúde, em uma atitude de respeito e solidariedade com a sociedade e com os profissionais de saúde, que bravamente trabalham para salvar pessoas em um contexto de extrema pressão e esgotamento físico e mental”. Sandra Goulart e Alessandro Moreira também sustentam que a medida busca “aliviar a pressão sobre as estruturas de saúde pública e suplementar e preservar os insumos para os casos de estrita necessidade e urgência”.
Anunciado em setembro do ano passado, o plano de retorno prevê quatro etapas (0 a 3) de evolução do retorno presencial das atividades não adaptáveis. Cada etapa é definida pelo número máximo de pessoas (servidores, estudantes e trabalhadores terceirizados) que circulam na unidade simultaneamente, representando um teto de ocupação para cada setor ou espaço físico. O objetivo é reduzir significativamente o número de pessoas em circulação em cada unidade e garantir condições para o distanciamento social, implementação progressiva do monitoramento e controle de surtos.
Na etapa zero (o estágio atual), as atividades presenciais ficam suspensas, e apenas as essenciais e de manutenção são mantidas. Na etapa 1, o teto de ocupação é 20%, e o critério de percentagem das equipes deverá ser combinado ao da viabilidade de distanciamento social. Na segunda etapa, o limite deverá subir para 40%. Para isso, será necessário que a cidade esteja em alerta verde, no mínimo, há dois meses e que não tenha ocorrido surto da doença na UFMG. O aumento gradual das atividades presenciais até o retorno pleno – etapa 3 – estará condicionado ao controle da pandemia ou à existência de vacina eficaz e disponível para ampla cobertura da população. (GA)
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